BC culpa luz, gasolina e dólar por estourar meta da inflação em 2015
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o avanço do dólar e o aumento dos preços administrados pelo governo, em especial o da energia elétrica e o dos combustíveis, influenciaram no estouro da meta de inflação em 2015. Era para ter sido 4,5%, mas foi de 10,67%.
A justificativa foi dada em carta aberta enviada pelo Banco Central ao Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, nesta sexta-feira (8).
Quando a inflação ultrapassa a meta do governo para o ano, o presidente do Banco Central é obrigado a enviar uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando por que o resultado não foi o esperado, quais ações serão adotadas pelo órgão para que a inflação volte para dentro da margem de tolerância e o tempo esperado para que essas medidas surtam efeito.
"Os reajustes dos preços administrados pelo governo foram mais intensos que o inicialmente previsto. Apenas o aumento na conta de luz correspondeu a 4,54 pontos percentuais da variação dos preços administrados", diz a carta.
A meta era manter a inflação em 4,5% ano ano, com tolerância de dois pontos percentuais para baixo ou para cima (ou seja, poderia ir de 2,5% a 6,5%). No entanto, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE, ficou em 10,67% em 2015.
A carta também informa que o último semestre de 2015 também foi comprometido pelos efeitos de novos ajustes nos preços administrados, que vieram, principalmente, do aumento nos preços dos combustíveis, e pela desvalorização do real frente ao dólar.
O BC ressaltou como medidas adotadas para conter o avanço da inflação o ciclo de aperto monetário inciado em 2013, com aumento na taxa básica de juros (Selic). Na última reunião, o BC manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano. Essa taxa de juros é a mais alta desde agosto de 2006, quando ela também estava em 14,25%.
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