Ouça o Giro UOL Economia com os destaques desta quarta, 24 de fevereiro
Mercado financeiro
A Bolsa fechou em queda de 1,03%, com 42.084,56 pontos depois do rebaixamento da nota da dívida brasileira. Essa é a segunda baixa seguida. No mês, o índice Ibovespa acumula valorização de 4,15%, mas no ano tem queda de 2,92%.
O desempenho negativo de empresas com grande peso sobre o índice puxaram a Bovespa para baixo. As ações da Vale caíram 4,44%, vendidas a R$ 8,60. Já os papeis da Petrobras, que chegaram a cair mais de 4% durante o dia, encerraram a sessão com baixa de 1,02%, negociados a R$ 4,87.
No mercado de câmbio, o dólar chegou a subir mais de 1% durante o dia e passar de R$ 4, mas inverteu o movimento no fim da sessão de hoje e registrou queda de 0,15%, cotado a R$ 3,957.
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Crise econômica
Um dos fatores responsáveis pelo resultado negativo da Bolsa hoje, a Moody's cortou a nota da dívida brasileira em dois degraus, de Baa3 para Ba2, e ainda a deixou em perspectiva negativa, indicando que mais cortes podem acontecer. Foi a terceira agência de classificação de risco a retirar o selo de bom pagador do Brasil.
Com esse rebaixamento, o Brasil deixa de ser considerado um lugar recomendável para os investidores aplicarem dinheiro.
Repercussão
A equipe econômica do governo acredita que o rebaixamento da nota de crédito do país pela agência Moody's vai ser temporária e que o Brasil pode recuperar a avaliação quando medidas de ajuste das contas públicas forem implantadas e começarem a gerar resultados.
Para especialistas, a retirada do selo de bom pagador do Brasil já era esperada e não terá grande impacto no mercado. Isso porque as agências Standard & Poor’s e a Fitch já retiraram o chamado grau de investimento do país no ano passado e, com isso, afugentaram investidores estrangeiros.
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Dívida pública
O estoque da Dívida Pública Federal começou o ano com queda de 1,54% em janeiro na comparação com dezembro, chegando a R$ 2,749 trilhões. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional.
Essa redução se deu pelo resgate líquido de R$ 78,38 bilhões e pela correção de juros no estoque de R$ 35,26 bilhões.
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Cheque especial
A taxa de juros do cheque especial subiu em janeiro e chegou a 292,3% ao ano. Isso significa uma alta de 5,3 pontos percentuais em relação a dezembro e um salto de 83,3 pontos na comparação com janeiro do ano passado.
Os juros do rotativo do cartão de crédito também subiram no primeiro mês de 2016 e foram a 439,5% ao ano. É a maior taxa para o rotativo já registrada na série histórica do BC, iniciada em março de 2011.
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Menos dinheiro para o consumidor
Com pouca oferta e demanda, o estoque de crédito encolheu 0,6% em janeiro em relação a dezembro, informou o Banco Central. Descontada a inflação, o crédito encolheu cerca de 4% em relação a janeiro do ano passado.
A piora no mercado de crédito, que o governo tenta estimular por meio de um pacote anunciado em janeiro, reflete, por exemplo, o aumento das taxas de juros e da inadimplência. A inadimplência para pessoas físicas subiu em janeiro pelo quarto mês seguido, para 5,4%, no crédito sem subsídios. Um ano antes, estava em 4,4%.
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Quem mexeu na minha mala?
A companhia aérea Gol foi condenada a pagar R$ 6.000 de indenização a uma passageira que teve a bagagem aberta e objetos furtados.
O juiz responsável pelo caso determinou o pagamento de R$ 3.000 para cobrir prejuízos materiais e outros R$ 3.000 por danos morais. Os valores deverão ser pagos com correção monetária e juros, de acordo com a decisão.
Vale lembrar que as companhias aéreas são responsáveis pela bagagem desde o momento em que ela é despachada até o recebimento pelo passageiro.
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Agenda
Amanhã a Receita Federal vai liberar os programas de preenchimento e envio da declaração do Imposto de Renda de 2016, a partir das 8h.
O resultado primário do Governo Central, que mostra a soma dos resultados do Banco Central, da Previdência e do Tesouro Nacional, também sai nesta quinta.
No cenário internacional, o Reino Unido divulga o resultado do PIB referente ao quarto trimestre do ano passado.
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