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Brasileiro trabalha até 1º de junho só para pagar impostos, diz estudo

Do UOL, em São Paulo

31/05/2016 12h09Atualizada em 03/06/2016 18h24

Tudo o que o brasileiro trabalhou neste ano até amanhã, 1º de junho, foi apenas para pagar impostos, taxas e contribuições. Isso é o que aponta um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

Segundo o instituto, em 2016 o brasileiro terá que trabalhar 153 dias, o que equivale a cinco meses e um dia, apenas para pagar impostos. Em 2014 e 2015, foram 151 dias.

Neste ano, a parcela da renda dos cidadãos destinada ao pagamento de impostos aumentou, chegando a 41,8%, em média. Em 2014 e 2015 o índice tinha sido de 41,37%, segundo o estudo.

O estudo, divulgado anualmente, considera a tributação sobre rendimentos (formada pelo Imposto de Renda, contribuições previdenciárias e sindicais), sobre o consumo de produtos e serviços (como PIS, COFINS, ICMS, IPI e ISS) e sobre o patrimônio (IPTU e IPVA). As taxas de limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos e contribuições, como no caso da iluminação pública, também são consideradas.

A pesquisa usa a mesma metodologia para comparar a média de dias trabalhados para pagar impostos no Brasil com a situação de outros 26 países. O país fica na oitava posição. No topo está a Dinamarca, com 176 dias.

Número de dias trabalhados para pagar impostos

  1. Dinamarca: 176 dias
  2. França: 171 dias
  3. Suécia: 163 dias
  4. Itália: 163 dias
  5. Finlândia: 161 dias
  6. Áustria: 158 dias
  7. Noruega: 157 dias
  8. Brasil: 153 dias
  9. Hungria: 142 dias
  10. Argentina: 141 dias
  11. Bélgica: 140 dias
  12. Alemanha: 139 dias
  13. Espanha: 138 dias
  14. Islândia: 135 dias
  15. Reino Unido: 132 dias
  16. Eslovênia: 131 dias
  17. Canadá: 130 dias
  18. Nova Zelândia: 129 dias
  19. Israel: 125 dias
  20. Japão: 124 dias
  21. Irlanda: 122 dias
  22. Suíça: 122 dias
  23. Coreia do Sul: 109 dias
  24. EUA: 98 dias
  25. Uruguai: 96 dias
  26. Chile: 94 dias
  27. México: 91 dias

CORREÇÃO: Em uma versão anterior deste texto a Espanha aparecia duas vezes no ranking, na 13ª e 16ª posição. Diferentemente do informado, a Eslovênia ocupa a 16ª posição. A informação foi corrigida.

 

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