Condomínios oferecem lava-jato, babá e massagista em sistema 'pay per use'
Em cidades de trânsito caótico, como São Paulo, alguns moradores têm preferido fazer tudo perto de casa --e as construtoras perceberam isso. Condomínios têm oferecido facilidades que vão da contratação de uma faxineira ou massagista até ter um lava-jato no próprio estacionamento. As opções são oferecidas no sistema "pay per use", ou seja, o morador paga à parte pelos serviços que usar.
Os serviços oferecidos variam conforme o prédio. Nos empreendimentos da construtora Tecnisa, por exemplo, é possível encontrar pet care, babysitter, professor de idiomas, chaveiro, técnico em informática, comidas congeladas e supermercado delivery.
O sistema tem atraído quem busca uma vida mais prática, segundo Claudio Bernardes, presidente do Conselho Consultivo do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). "Pessoas que moram sozinhas acabam dando mais preferência para esses serviços."
Preços dentro da média
A jornalista Tatiana Carvalho, 21, mora em um condomínio em Santana, na zona norte de São Paulo, que oferece serviços de estética. Ela já contratou cabeleireiro, maquiador, manicure e massagista. "Nós temos os espaços já montados de salão de beleza e sala de massagem. Você marca com o profissional e faz o serviço no próprio prédio." Segundo ela, como os profissionais não pagam pelo uso do espaço, costumam cobrar menos.
O "pay per use" também está disponível no condomínio onde vive o líder de planejamento Lucas Drumond, 26, no Brooklin, na zona sul da capital paulista. "O que mais uso são os serviços de manutenção do apartamento, a lavanderia e o lava-rápido, mas dá para contratar também personal trainer, para aulas de pilates e natação, e massagista", diz.
Os dois afirmam que os preços cobrados pelos serviços não são abusivos. "Os preços estão dentro da média. Em alguns casos é mais barato do que fora do prédio. Faço lavagem completa no meu carro por R$ 35. No posto em frente de casa eles cobram R$ 55", diz Drumond.
O sistema é feito justamente para não custar mais para o morador, afirma Mirella Raquel Parpinelli, diretora geral de Atendimento da imobiliária Lopes. Para dar certo, segundo ela, os serviços devem ter um preço competitivo e serem cobrados separados do valor do condomínio.
Em quitinetes ou 'clubes'
Para Angélica Arbex, gerente da administradora de condomínios Lello, o conceito do "pay per use" é ter a vida toda resolvida na área comum. "Dá para levar serviços que você encontra nos arredores para dentro do condomínio. Isso garante mais comodidade para os moradores e até estímulo econômico", afirma.
A empresa apresenta esse sistema em condomínios com quitinetes, para quem fica o dia inteiro fora ou não é da cidade, ou nos chamados condomínios clubes, em que há vários prédios em um mesmo local.
Rede social de moradores
A construtora MRV criou um sistema onde só quem é morador pode se cadastrar e oferecer serviços aos outros moradores --por exemplo, vendedores, técnicos de informática, cabeleireiros, doceiras e advogados.
Segundo Adriana Bolirdo, gestora de comunicação interna e com clientes da MRV, o sistema já tem mais de 1.000 anúncios cadastrados e mais de 5.000 usuários.
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