Após testes, governo de SP decide manter carne na merenda escolar
A Secretaria de Educação de São Paulo decidiu, nesta segunda-feira (20), manter a carne no cardápio da merenda escolar do Estado, após fazer testes nos produtos.
O governo chegou a suspender temporariamente o uso de carne na merenda por causa da Operação Carne Fraca, na última sexta-feira (17), que revelou um suposto esquema de pagamento de propina a fiscais agropecuários para liberar carnes adulteradas sem fiscalização.
"Após criteriosa análise de todos os laudos emitidos pelos órgãos fiscalizadores, os 45 técnicos do Departamento de Alimentação e Assistência da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo concluíram não haver risco em manter o consumo de carne durante as refeições escolares servidas às escolas estaduais", afirmou a secretaria, por meio de nota.
A suspensão temporária aconteceu por um "excesso de zelo", de acordo com a nota. Nesta segunda-feira (20), não foi servida carne na merenda das escolas, mas isso não alterou o cardápio habitual, porque o produto já não é servido às segundas-feiras, segundo o Secretaria.
A Secretaria afirma, ainda, que as empresas apresentaram documentação "dando segurança ao fornecimento da alimentação", mas que mesmo assim continuará fazendo novos testes na carne servida nas 3.200 escolas da rede, "por precaução".
A nota divulgada diz ainda que "a inspeção dos alimentos consumidos nas escolas é constante e segue os padrões exigidos pela vigilância sanitária (municipal, estadual e federal)".
Merenda no Paraná teve carne adulterada
Segundo a Polícia Federal, empresas teriam usado substâncias para 'mascarar' a aparência de carnes podres, utilizado carne estragada e papelão na composição de salsichas e linguiças, cometido irregularidades na rotulagem e na refrigeração das peças e usado mais água que o permitido em frangos.
O escândalo teria envolvido cerca de 30 empresas do setor, incluindo as gigantes JBS, dona da Friboi a da Seara, e a BRF, dona da Sadia e da Perdigão.
A PF também aponta que a merenda escolar da rede estadual do Paraná teria recebido carne adulterada. Os estudantes teriam recebido salsicha de peru, mas com a carne substituída por proteína de soja, fécula de mandioca e carne de frango.
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