BC mantém previsão de 0,5% para o PIB e reduz estimativa de inflação a 3,8%
O Banco Central manteve a previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e diminuiu a expectativa de inflação para este ano. O órgão estima crescimento de 0,5% da economia e inflação de 3,8%, de acordo com o relatório trimestral de inflação, divulgado nesta quinta-feira (22).
O governo foi menos otimista e, na véspera, reduziu a perspectiva de crescimento do PIB para 0,4%.
Se a previsão se confirmar, a alta dos preços em 2017 vai ficar dentro da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (na prática, variando entre 3% e 6%). Em 2016, a inflação foi de 6,29%.
A projeção anterior, divulgada no relatório de março, trazia a mesma estimativa de 0,5% para o PIB (Produto Interno Bruto) e previsão de 4% para a inflação.
Veja as projeções do BC para 2017:
- Inflação: 3,8% (antes era de 4%)
- PIB: 0,5% (a mesma de março)
Corte de juros
No relatório, o BC deu sinais de que, devido à crise política, deve reduzir o ritmo de corte na taxa básica de juros. As duas últimas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) cortaram os juros em 1 ponto percentual cada, e a Selic chegou aos 10,25% em vigor hoje.
"O Copom entendeu que uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária em relação ao ritmo adotado naquela ocasião deveria se mostrar adequada em sua próxima reunião, em julho", diz o relatório.
Para analistas consultados pela agência de notícias Reuters, o BC aponta que deve cortar menos a taxa básica de juros daqui para frente, em meio à crise política, mas a manutenção do ritmo de redução de 1 ponto não está totalmente descartada.
Relatório orienta decisões do BC
O Relatório de Inflação é publicado trimestralmente pelo Banco Central. Ele reúne indicadores da economia nacional e global, além de projeções para os próximos meses feitas pelo próprio BC e por analistas de mercado.
O objetivo do documento é identificar a tendência da inflação, para embasar as decisões do BC a respeito dos juros. A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, se reúne para definir a taxa básica de juros (Selic), que serve de referência para outras taxas.
Em geral, juros altos são usados para controlar a inflação, porque deixam o crédito mais caro e levam as pessoas a consumir menos, forçando os preços a caírem. Por outro lado, juros altos dificultam o crescimento, principalmente num momento de crise e desemprego, como o que o Brasil enfrenta.
Projeções do mercado
As estimativas do Banco Central são melhores que as de especialistas consultados pelo banco.
Mais alinhado à estimativa do governo, o último Boletim Focus, uma pesquisa semanal, prevê que o país deve fechar este ano com a economia crescendo 0,4% e inflação de 3,64%.
(Com Reuters)
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