Conta de luz volta a ter cobrança de taxa extra em julho, diz governo
A conta de luz voltará a ter cobrança de taxa extra em julho, a chamada bandeira tarifária. A informação foi divulgada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (30). A bandeira amarela, definida para julho, representa um custo extra de R$ 2 a cada 100 kilowatts-hora consumidos.
A definição leva em conta projeções de chuva na área dos reservatórios das hidrelétricas e de consumo, além de outros fatores. Em junho, a bandeira em vigor era a verde, sem cobrança de taxa extra.
"O fator que determinou o acionamento da bandeira amarela foi o aumento do custo de geração de energia elétrica", disse a Aneel em nota.
As bandeiras começaram a ser cobradas em janeiro de 2015 e servem para cobrir o custo mais alto de gerar energia por meio das usinas termelétricas, quando a falta de chuvas prejudica os reservatórios das hidrelétricas pelo país.
Pouca chuva, conta mais cara
Quando há pouca chuva, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a produção de energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas termelétricas, a carvão, que são mais caras. Foi o que aconteceu no país desde 2013.
Foi criado, então, o sistema de bandeiras tarifárias, uma cobrança extra na conta de luz para bancar esses custos maiores na produção de energia.
Em 2016, a situação melhorou: choveu mais e subiu o volume dos reservatórios das hidrelétricas. Além disso, o consumo das famílias e indústrias caiu, e novas usinas começaram a funcionar.
Por isso, a bandeira foi sendo alterada ao longo do tempo:
- Em dezembro do ano passado, vigorou a bandeira verde, sem cobrança de taxa extra;
- Em março deste ano, passou a valer a bandeira amarela, com taxa de R$ 2 a cada 100 kWh;
- Em abril, entrou em vigor a bandeira vermelha, com taxa de R$ 3 a cada 100 kWh;
- Em junho, voltou a valer a bandeira verde, sem cobrança de taxa extra.
A Aneel pede que os consumidores façam o uso eficiente de energia elétrica e combatam os desperdícios.
(Com Reuters e Agência Brasil)
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