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Prévia da inflação é de 0,32% em novembro; em 12 meses, fica abaixo da meta

Do UOL, em São Paulo

23/11/2017 09h03

Puxado principalmente por gastos com a conta de luz, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), ficou em 0,32% em novembro. No mês passado, o índice havia ficado em ficado em 0,34% em outubro

Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (23).

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Com o resultado de novembro, a prévia acumulada no acumulado do ano é de 2,58%, inferior aos 6,38% do mesmo período de 2016. 

Em 12 meses, o IPCA-15 é de 2,77%, abaixo da meta de inflação do governo. O objetivo em 2017 é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%. 

Se a tendência se confirmar, 2017 será o primeiro ano em que a inflação termina abaixo do objetivo desde que o sistema de metas foi adotado. O BC descumpriu a meta três vezes nas últimas duas décadas, mas em todos esses casos entregou a inflação acima do objetivo.

Conta de luz sobe 4,42%

O aumento na conta de luz residencial, de 4,42%, foi um dos fatores que mais contribuíram para a prévia da inflação, com impacto de 0,16 ponto percentual.

A cobrança de uma taxa extra maior na conta de luz, a bandeira tarifária vermelha nível 2, teve forte peso. A partir do 1º dia do mês, entrou em vigor a cobrança adicional de R$ 5 a cada 100 Kwh consumidos. 

Em novembro, junto com o aumento no preço do botijão de gás (+3,3%), a energia elétrica ajudou a encarecer os gastos com habitação em 1,33%. Os gastos com o gás subiram após a Petrobras reajustar em 4,5% os botijões de 13 quilos em suas refinarias a partir de 5 de novembro, deixando o produto 4,5% mais caro, na média.

Passagem aérea cai mais de 10%

O aumento de 1,53% da gasolina e de 2,78% do etanol puxou a alta de 0,27% nas despesas com transporte, incluindo o ônibus intermunicipal (+0,45%).

Por outro lado, as passagens aéreas ficaram 10,1% mais baratas, após alta de 7,35% em outubro.

Alimentos estão mais baratos

Os preços dos alimentos, que têm forte peso no IPCA-15, caíram 0,25% na prévia de novembro. Destacam-se o feijão carioca (-7,03%), o açúcar refinado (-4,52%), o açúcar cristal (-3,81%) e os ovos (-3,69%).

Por outro lado, a batata inglesa (+19,59%), a cenoura (+13,39%) e as carnes (+0,22%) ficaram mais caras.

Juros X Inflação

Os juros são usados pelo BC para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, como agora, o BC derruba os juros para estimular o consumo. 

Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, o órgão decidiu cortar a taxa de juros pela nova vez seguida. Ela passou de 8,25% para 7,5% ao ano, igualando seu segundo menor nível na história, atingido entre abril e maio de 2013.

Metodologia

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

(Com Reuters)