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Maia diz que reforma da Previdência pode ficar para depois da eleição

Rodrigo Maia acompanhou a assinatura do decreto de intervenção do governo federal na segurança pública do Estado do Rio - Foto: Agência Brasil
Rodrigo Maia acompanhou a assinatura do decreto de intervenção do governo federal na segurança pública do Estado do Rio Imagem: Foto: Agência Brasil

Do UOL, no Rio e em São Paulo

17/02/2018 16h16

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou neste sábado (17) que a votação da reforma da Previdência pode ficar para depois das eleições de 2018. “Se não votar [a reforma] antes, vai ser tema da eleição e vota depois”, disse o parlamentar depois de reunião com o presidente Michel Temer (MDB) no Palácio da Guanabara, sede do governo do Estado do Rio de Janeiro.

O tema principal da reunião foi a intervenção federal na segurança pública do Rio. Temer também anunciou a criação do Ministério da Segurança Pública, fez um rápido pronunciamento depois da reunião, mas o presidente da Câmara dos Deputados foi a única autoridade a responder perguntas dos jornalistas após o encontro.

Na entrevista, Maia tentou evitar o tema da Previdência, mas acabou tocando no tema. Ele defendeu a importância da reforma, porém procurou não falar em prazo para votá-la. O parlamentar declarou que “a crise fiscal é tão profunda que não se pode parar de discutir o assunto” da reforma.

Constituição é obstáculo

A Constituição não pode sofrer alterações, como as mudanças nas regras de aposentadoria, enquanto uma intervenção federal está em vigor.

Sem citar um prazo, Temer afirmou na sexta-feira (16) que a intervenção federal na segurança do Rio será interrompida para que a reforma da previdência possa ser votada no Congresso. "A continuidade da tramitação da reforma previdenciária é uma medida extremamente importante para o futuro do país. Quando ela estiver para ser votada, segundo avaliação das Casas [Câmara e Senado], eu farei cessar a intervenção", disse o emedebista.

Maia disse neste sábado que essas são “questões novas e polêmicas” e evitou comentar a possibilidade de interrupção da intervenção no Rio. A intervenção deve vigorar até o fim do ano.

Inicialmente, o governo queria votar a reforma em fevereiro. Em outras oportunidades, Rodrigo Maia disse que só colocará o tema em votação se houver apoio parlamentar suficiente para aprovar a reforma.

Também na sexta, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, declarou que um novo decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) será assinado durante o período de interrupção da intervenção para permitir que as Forças Armadas continuem no Rio.