BC não está satisfeito com ritmo de queda dos juros bancários, diz Goldfajn
Os juros do crédito e o spread bancário, diferença entra a taxa de captação do dinheiro pelos bancos e a cobrada dos clientes, estão em tendência de queda, em consistência com a redução da taxa básica de juros, a Selic. A avaliação é do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos, no Senado.
“Isso não significa que estamos satisfeitos com a velocidade da queda da taxa de juros bancários. Queremos que a redução seja mais rápida, para que tenhamos logo crédito mais barato para famílias e empresas”, disse o presidente do BC.
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Goldfajn argumentou que “esse é um assunto da maior importância” para o BC. “O objetivo é atacar, de forma estrutural, não voluntariosa, todas as causas que tornam o custo de crédito alto no Brasil”, afirmou.
O presidente do BC acrescentou que a instituição tem atuado para enfrentar essas causas: custo operacional e regulatório do sistema financeiro, a falta de boas garantias, a necessidade de mais informação no sistema, os subsídios cruzados (parte dos clientes bancários, como os depositantes de caderneta de poupança e tomadores de crédito com juros mais altos, estariam bancando empréstimos mais baratos, como o imobiliário e o rural), os altos compulsórios [parte do dinheiro depositado que os bancos são obrigados a recolher ao BC] e a necessidade de estimular a concorrência.
(Edição: Lidia Neves)
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