Nova regra facilita mudar salário para outro banco; taxas podem cair
Mudar o banco onde você recebe seu salário deve ficar mais fácil a partir desta segunda-feira (2). A nova regra, chamada de portabilidade de salário, começa a valer agora e pode aumentar a competição entre bancos tradicionais e as fintechs (empresas de tecnologia do setor financeiro).
Na avaliação do Banco Central, a medida vai contribuir para aumentar a competição no setor e reduzir os preços dos serviços bancários aos consumidores.
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Com a nova regra, a partir desta segunda-feira, os clientes que quiserem receber o salário em outra instituição diferente da escolhida pelo seu empregador poderão pedir a mudança diretamente no novo banco.
Até agora, o pedido de transferência do salário já era possível, mas só podia ser feito onde o cliente recebe o pagamento. O novo modelo é mesmo adotado quando o consumidor quer levar o seu número de telefone de uma operadora para outra.
Outra novidade é que a transferência do salário poderá ser feita também para as chamadas contas de pagamento. Hoje, a portabilidade do salário é permitida somente entre bancos convencionais.
Bancos devem fazer promoções para “seduzir” os clientes
Segundo o Banco Central, para realizar a troca, os bancos deverão exigir do cliente documentos que garantam a sua identidade. Esses documentos devem apresentar, pelo menos, nome completo do cliente, nome completo da mãe, data de nascimento, CPF, endereço e telefone. Os bancos também vão precisar de dados sobre a instituição bancária que mantém a conta originalmente e sobre o empregador.
Como na abertura de outras contas, as instituições financeiras devem analisar o histórico dos clientes e se eles estão incluídos nas chamadas listas sujas. Caberá ao banco avaliar o cadastro do consumidor e aceitá-lo ou não como novo cliente.
Bancos podem oferecer pacotes de serviços melhores
O professor Luis Braido, da Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getulio Vargas (EBEF/FGV), disse que, embora a portabilidade já fosse possível, a nova regra vai facilitar esse processo e evitar que os clientes enfrentem constrangimento ao pedir a mudança. A seu ver, a exigência de que o cidadão fosse até o banco escolhido por seu empregador era uma maneira de “forçar essa relação”.
“A troca de contas fica mais fácil. Acho que a medida desburocratiza o processo. Para algumas pessoas, talvez, o fato de ir à agência e pedir a mudança ao gerente cause um constrangimento. Alguns bancos podem tentar convencer o cliente a não fazer isso”, disse.
“Adicionalmente, o banco que for proativo pode aproveitar esse momento [de menos burocracia] e oferecer pacotes de serviços melhores”, afirmou.
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