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Prévia da inflação acelera a 0,58% em outubro; em 12 meses, é de 4,53%

Do UOL, em São Paulo

23/10/2018 09h04

IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), acelerou a 0,58% em outubro, após ter ficado em 0,09% no mês passado. É o maior resultado para um mês de outubro desde 2015 (0,66%). 

No ano, a prévia acumulada é de 3,83% e, em 12 meses, é de 4,53%. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto para cima e para baixo, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.

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Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (23). 

Alimentos mais caros

Os preços de alimentação e bebidas tiveram alta em outubro (0,44%), segundo o IBGE. Entre os produtos que tiveram aumento estão:

  • tomate (16,76%),
  • frutas (1,90%) e
  • carnes (0,98%).

Por outro lado tiveram queda de preços:

  • cebola (-8,48%),
  • leite longa vida (-4,10%) e
  • ovos (-2,26%).

Combustíveis pesam 

O aumento dos combustíveis puxou a inflação do grupo dos transportes (4,74%). De acordo com a pesquisa, a gasolina foi o item com maior impacto individual no índice do mês, com aumento de 4,57%, em média. O litro do etanol subiu 6,02% em outubro.

O óleo diesel, que em setembro havia subido 2,41%, acelerou em outubro, com alta de 5,71%, apontou o IBGE.

Expectativa em 2018

A expectativa de analistas consultados pelo Banco Central (BC) é que a inflação termine 2018 em 4,44%, dentro do limite da meta deste ano. 

Inflação abaixo da meta em 2017

A inflação fechou 2017 em 2,95% e ficou abaixo do limite mínimo da meta do governo pela primeira vez na história. Foi a menor inflação anual desde 1998 (1,65%).

No início deste ano, o atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, enviou carta ao então ministro Henrique Meirelles dizendo que a meta não havia sido cumprida no ano passado devido à queda nos preços dos alimentos, após safras recordes. A carta é uma exigência em caso de descumprimento da meta de inflação. 

Juros X Inflação

Os juros são usados pelo BC para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar a queda dos preços. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.

No mês passado, o Comitê de Política Monetária do BC decidiu manter a taxa de juros em 6,5% ao ano, no menor nível da história (o Copom foi criado em 1996). 

Metodologia

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

(Com Reuters)