Campos Neto, diretor do Santander, deve comandar o BC no governo Bolsonaro
O diretor do Santander Roberto Campos Neto deve ser anunciado em breve para assumir o comando do Banco Central no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). A reportagem do UOL apurou que a equipe econômica da transição, comandada pelo investidor e futuro ministro Paulo Guedes, já prepara uma biografia do executivo para quando for feito o anúncio oficial.
A equipe avalia se isso deve ocorrer ainda nesta quinta-feira (15), feriado da proclamação da República, ou nesta sexta (16), dia útil.
Em nota oficial, a assessoria de Paulo Guedes informou que "a escolha do nome para comandar o Banco Central está em fase final de definição e, assim que for confirmado, será devidamente anunciado".
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A informação de que Roberto Campos foi confirmado para o posto foi divulgada nesta quinta-feira (15) pelo site "O Antagonista".
Nesta quinta, o jornal "O Estado de S. Paulo" informou que o atual presidente do BC, Iland Goldfajn, no cargo desde junho de 2016, foi convidado para permanecer no posto, mas não aceitou por "motivos pessoais".
Era o mais cotado entre 5 nomes
Roberto Campos Neto é neto do economista liberal de mesmo nome morto em 2001. Formado em Economia e com especialização na área pela Universidade da Califórnia, Campos Neto é o responsável pela tesouraria do Santander, banco no qual ingressou em 2000 como chefe da área de renda fixa internacional.
O executivo era o mais cotado para o cargo entre os cinco nomes avaliados. Na terça-feira (13), ele esteve no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, onde a equipe de transição está trabalhando, e se reuniu com Paulo Guedes. Na ocasião, deixou o local sem falar com a imprensa. Um integrante do futuro governo chegou a elogiar o executivo, dizendo que ele era um nome muito bom.
Economista fez carreira em bancos
Roberto de Oliveira Campos Neto é brasileiro, nascido em 28 de junho de 1969. Formado em Economia, com especialização em Economia com ênfase em Finanças, pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Trabalhou no Banco Bozano Simonsen de 1996 a 1999, onde ocupou os cargos de operador de derivativos de juros e câmbio (1996), operador de dívida externa (1997), operador da área de Bolsa de Valores (1998) e executivo da área de renda fixa internacional (1999).
De 2000 a 2003, trabalhou como chefe da área de renda fixa internacional no Santander Brasil.
Em 2004, ocupou a posição de gerente de carteiras na Claritas. Voltou ao Santander em 2005, como operador, e, em 2006, passou a chefe do setor de Trading.
Em 2010, passou a ser responsável pela área de proprietária de tesouraria (que cuida dos recursos do próprio banco) e formador de mercado regional e internacional. Atualmente é responsável pela tesouraria do banco.
Levy no comando do BNDES
Diferentemente dos oito ministros já anunciados, confirmados pelo próprio Bolsonaro em suas redes sociais, o nome do futuro presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Joaquim Levy, foi divulgado pela assessoria de Guedes, na segunda-feira (12).
Levy foi ministro da Fazenda no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e atualmente ocupava o cargo de diretor financeiro no Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos.
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