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Amamos os EUA, mas vamos negociar com quem nos beneficia, diz Guedes

Paulo Guedes discursa em Washington (EUA) - Mandel Ngan/AFP
Paulo Guedes discursa em Washington (EUA) Imagem: Mandel Ngan/AFP

Do UOL, em São Paulo

18/03/2019 19h23

O governo brasileiro "ama" os EUA, mas vai buscar parceiros que deem vantagens econômicas ao Brasil. A afirmação foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante o evento Brazil Day, em Washington (EUA), para uma plateia de empresários e investidores americanos. Ele acompanha Bolsonaro em visita aos EUA. O presidente também participou do evento.

O presidente [Bolsonaro] ama a América, e eu também, mas tenho dito a ele: 'Vamos negociar com quem nos beneficia'. É assim que eles [os americanos] fazem também.
Paulo Guedes, ministro da Economia

"Vamos vender o pré-sal daqui a quatro meses"

Guedes citou a China como parceiro importante para o Brasil. Estamos aqui para "abrir nosso mercado, unilateralmente. Mas estamos abertos a negócios [com outros países]"

O ministro pediu que empresários dos EUA invistam no Brasil.

Vocês podem ir lá ajudar a financiar nossas rodovias, ir atrás de concessões de petróleo e gás. Daqui a três, quatro meses, vamos vender o pré-sal. Todos vão estar lá: chineses, americanos, noruegueses.
Paulo Guedes

Gastos públicos descontrolados e Previdência

Guedes também falou da situação dos gastos públicos e defendeu a urgência da reforma da Previdência.

"Houve uma expansão descontrolada dos gastos públicos por 40 anos, o que produziu uma sequência de crise dos juros, hiperinflação em vários momentos, e agora recentemente uma bola de neve do endividamento interno", declarou.

Segundo ele, o país paga em juros da dívida interna US$ 100 bilhões anualmente.

É um paraíso de rentistas [investidores especulativos].
Paulo Guedes

Ele disse que a eleição de Bolsonaro "traz a mudança" e mencionou a reforma da Previdência.

"Temos de atacar o problema da Previdência. [Com a reforma], quem ganha mais paga mais. Estamos reconhecendo que nenhum brasileiro poderá ser deixado para trás, mas não pode ser um sistema de privilégio, onde os políticos ganhavam 20 vezes mais que a pessoa comum."

Ele também citou como conquista do governo as propostas anticrime, apresentadas pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. "O Brasil tem muita violência."

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