Procon-SP pede que Polícia Civil investigue Empiricus após caso Bettina
O Procon-SP pediu que a divisão de crimes contra o consumidor da Polícia Civil investigue a Empiricus por publicidade enganosa e propaganda abusiva. A medida foi tomada em resposta a um vídeo da empresa que viralizou nas redes sociais na última semana.
Na peça, veiculada no YouTube, a administradora Bettina Rudolph alega ter começado a investir em ações aos 19 anos com apenas R$ 1.520. "Três anos depois, tenho mais de R$ 1 milhão. Simples assim", diz Bettina no vídeo.
Em nota, o Procon-SP afirmou que houve infração penal aos artigos 67 e 69 do Código de Defesa do Consumidor.
Segundo o órgão, vinculado à Secretaria da Justiça e da Cidadania, o pedido foi feito ontem pelo diretor executivo, Fernando Capez, que enviou uma representação criminal ao delegado diretor do Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania da Polícia Civil de São Paulo (DPPC).
O Procon-SP informou ainda que "já tomou as medidas administrativas na esfera de suas atribuições", que notificou a Empiricus e que a empresa deve responder a processo administrativo.
O que diz a empresa
Em nota, a Empiricus disse que suas campanhas "buscam criar interesse no público em conhecer melhor o mercado de ações, fundos e títulos financeiros, de modo a aplicar melhor o seu dinheiro".
Sobre a campanha envolvendo Bettina, afirmou que "o material tinha caráter de teaser para um curso gratuito de educação financeira, feito por uma diligente equipe de 32 especialistas" e que "já esclareceu o seu conteúdo em vários dos seus canais de comunicação".
A empresa também mencionou como exemplo o mercado norte-americano.
"A comunicação da empresa replica o modelo amplamente disseminado de publicidade de empresas de publicações financeiras dos Estados Unidos. Naquele país, o acesso a produtos financeiros é amplamente desbancarizado, e diversas empresas de conteúdo, semelhantes à Empiricus, desempenham um importante papel de educação financeira."
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