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Reforma da Previdência trata igualmente gari e deputado, diz Guedes

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

08/04/2019 17h27

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que, se a reforma da Previdência enviada pelo governo for aprovada, um gari e um deputado se aposentarão sob as mesmas condições. Segundo ele, atualmente, o regime de previdenciário é uma "fábrica de privilégios e desigualdades".

"O Brasil ainda não envelheceu e já quebrou a Previdência. Com a nossa reforma, um gari ou um deputado vão terminar do mesmo jeito", disse.

Guedes afirmou que o governo tem despesas muito altas e gasta mal. Segundo ele, após o processo de redemocratização, o governo direcionou, corretamente, recursos para saúde e educação. Entretanto, isso criou um problema fiscal.

"Gastar o dinheiro em saúde e educação é virtuoso. Mas esse recurso carimbado é mesmo o que a gente quer? A indexação dos salários em um tempo de inflação foi virtuosa. Hoje não é mais", declarou.

Privatização de estatais e devolução de recursos

O ministro da Economia também afirmou que, além da reforma da Previdência, o governo privatizará parte das 134 estatais e venderá imóveis.

Nos seus cálculos, a arrecadação com as privatizações neste ano ficará acima de R$ 80 bilhões.

Além disso, receberá R$ 206 bilhões com a devolução de R$ 126 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e R$ 80 bilhões do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal

Os bancos públicos, disse o ministro, devem vender subsidiárias para custear a devolução dos recursos.

Segundo Guedes, essas medidas são essenciais para fortalecer o orçamento da União. Ele afirmou que após a aprovação da reforma da Previdência será possível rediscutir as metas fiscais do governo.

Entenda a proposta de reforma da Previdência em 10 pontos

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