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Frota pede respeito a Guedes, e deputado do PSB sugere "suco de maracujá"

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

07/05/2019 18h32

O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai participar de audiência pública amanhã na comissão da reforma da Previdência da Câmara dos Deputados. Mas hoje mesmo ele já foi assunto entre os parlamentares na comissão.

O deputado Alexandre Frota (PSL-SP), do partido do presidente Jair Bolsonaro, acusou partidos de esquerda de terem ofendido Guedes quando ele compareceu em outra comissão, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), em abril. "Peço que não xinguem o ministro amanhã", disse Frota.

Em resposta, o deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) disse que estava na audiência da CCJ e que Guedes "foi extremamente desrespeitoso com todos os parlamentares", chegando ao ponto de "sugerir que quem não pensa como ele devia ser internado".

Em seguida, o deputado recomendou que o ministro amanhã "tome um suco de maracujá para chegar aqui calminho e apresentar os números".

Tigrão e tchutchuca

A sessão da CCJ mencionada pelos deputados foi marcada por tumultos e discussões acaloradas.

Guedes bateu boca e ironizou deputados de oposição, dizendo que "a Venezuela está bem melhor" que o Brasil. Também acusou deputados de espalhar "fake news" (notícias falsas) e afirmou que quem acha que a Previdência não deve ser reformada "tem problema sério" e precisa ser internado.

Por outro lado, quando o ministro tinha a palavra era constantemente interrompido e hostilizado por deputados.

A confusão final ocorreu quado o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) afirmou que Guedes era "tigrão" com os aposentados, agricultores e professores, e "tchutchuca" com "a turma mais privilegiada do país" e os "amigos banqueiros".

Nervoso, Guedes gritou: "tchutchuca é a sua mãe e a sua avó".

A declaração de Dirceu fez referência ao funk "Tchutchuca", que foi sucesso do grupo Bonde do Tigrão em 2001.

Após 'tigrão' e 'tchutchuca', sessão na CCJ é encerrada e vira confusão

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