Nº de brasileiros com nome sujo bate novo recorde, diz Serasa: 63,2 milhões
O número de brasileiros com dívidas atrasadas e CPF negativado bateu novo recorde e chegou a 63,2 milhões em abril, o que representa 40,4% da população adulta do país. Na comparação com o mesmo mês de 2018 (61,2 milhões), são 2 milhões de pessoas a mais, uma alta de 3,3%. Em relação a março deste ano (63 milhões), o aumento foi de 0,3%. As informações foram divulgadas hoje pela Serasa Experian.
A estimativa do número de inadimplentes parte dos dados Serasa, mas é aplicada uma metodologia para calcular a situação que represente toda a população brasileira.
"Além dos impactos gerados pela insuficiência da educação financeira do brasileiro, a inadimplência é uma variável que segue as principais tendências do cenário econômico nacional. Nesse sentido, com a estagnação da economia, aumento do desemprego e da inflação ao longo dos primeiros meses de 2019, que impactam diretamente o orçamento doméstico, continuamos a bater recordes no número de consumidores com contas em atraso", disse Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
Maioria deve para cartões e bancos
A maioria das dívidas em abril foram feitas no cartão de crédito e com os bancos, representarando 28,6% do total, segundo a Serasa. Esse tipo de dívida teve um aumento de 0,6 ponto percentual desde janeiro e é o que mais preocupa.
"Esse crescimento demonstra a dificuldade em honrar um tipo de pagamento que costuma ser prioridade das famílias. Isso é um sinal de que as pessoas já tomaram crédito para quitar outras dívidas e chegaram no ponto de não conseguirem pagar nem este empréstimo", afirmou Rabi.
Veja abaixo em quais setores estão concentradas as dívidas dos brasileiros:
- Bancos e cartões: 28,6%
- Utilidades: 20,2%
- Telefonia: 12,1%
- Comércio: 11,7%
- Serviços: 10,5%
- Financeira/Leasing: 10,1%
- Outros: 6,8%
RR tem o maior percentual da população endividada
Na análise por estados, Roraima tem o maior percentual da população adulta endividada: 59,87%. Em seguida, estão Amapá (52,4%) e Amazonas (50,6%).
Na outra ponta, Santa Catarina (33,1%), Paraíba (33,6%) e Piauí (34,4%) têm os menores percentuais de pessoas endividadas.
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