Fiesp pede mudança a relator da reforma e fala em perder 8 milhões de vagas
O país deixará de gerar 8 milhões de empregos e R$ 410 bilhões de investimentos em 10 anos se recursos do PIS/Pasep deixarem de ser transferidos ao BNDES para ajudar a cobrir o rombo da Previdência, afirmou a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
A mudança é uma das propostas do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) para a reforma da Previdência, que está sendo analisada pela comissão especial da Câmara. O deputado deve ler uma complementação de voto nesta quinta-feira (27), acatando algumas mudanças negociadas com diferentes políticos e grupos.
Atualmente, a Constituição estabelece que pelo menos 40% das receitas do PIS/Pasep sejam destinados ao BNDES para financiar programas de desenvolvimento econômico.
O texto da reforma enviado pelo governo ao Congresso diminuía esse mínimo para 28%. O relator, porém, alterou esse trecho, para que esses recursos sejam transferidos para cobrir o rombo da Previdência.
Impacto de R$ 200 bi em 10 anos
Segundo a Fiesp, os 28% da proposta inicial asseguravam cerca de R$ 20 bilhões ao BNDES por ano. Assim, em dez anos, o banco deixaria de receber R$ 200 bilhões.
Esse valor, no período, teria um impacto de R$ 410 bilhões na economia, podendo gerar 8 milhões de empregos, segundo a federação paulista.
Indústria será mais afetada, diz Fiesp
A Fiesp defende que a indústria será o setor mais impactado pela mudança, porque os demais são amparados por outras fontes de recursos. A entidade dá como a exemplo a construção civil, que recebe recursos do FGTS, e a agropecuária, que recebe da caderneta de poupança.
Em 2015 e 2016, 25% do investimento da indústria de transformação foi de desembolsos do BNDES, de acordo com a Fiesp.
Para a federação, a mudança é equivocada porque troca investimentos por sanar gastos correntes -no caso, o pagamento da Previdência.
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