Policiais protestam e chamam PSL de "traidor" após veto a regra mais suave
Após a rejeição do segundo destaque que suavizaria as regras para a aposentadoria de policiais, houve um protesto no plenário da comissão especial da reforma da Previdência. Os manifestantes estavam com adesivos da União dos Policiais do Brasil (UPB), que representa policiais federais, policiais civis, guardas municipais, delegados federais e policiais rodoviários federais.
Os principais alvos de crítica foram o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e a líder do governo no Congresso Nacional, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).
Os manifestantes foram autorizados a entrar no plenário pelo presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PL-AM). No protesto, chamaram integrantes do partido e Joice de "traidores" e "traidora" e gritaram que "o PSL traiu a polícia do Brasil".
Eles foram retirados do local pelos policiais legislativos da Câmara dos Deputados.
Desde ontem, integrantes de diversas forças policiais têm procurado deputados para tentar garantir votos para suavizar as regras de aposentadoria. O próprio presidente Bolsonaro se engajou na defesa de regras diferenciadas para policiais.
Destaques rejeitados
Um dos destaques rejeitados previa uma regra de transição para policiais federais, policiais rodoviários federais, policiais civis, guardas municipais, agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e agentes de trânsito. Pela proposta, seria cobrado um "pedágio" de 17% sobre o tempo de contribuição que faltaria para se aposentar segundo as regras atuais.
O destaque também definia uma idade mínima menor para essas categorias, de 55 anos para homem e 52 para mulheres (para a população em geral, a reforma estipula mínimo de 65 anos, para homens, e 62, para mulheres).
A proposta foi rejeitada, com 31 votos contrários e 17 favoráveis.
Um segundo destaque semelhante, apresentado pela bancada do PSD, foi votado em seguida pelos parlamentares. A diferença é que as regras têm validade exclusiva para policiais federais, rodoviários federais e policiais legislativos.
A emenda foi rejeitada, com 30 votos contrários e 19 favoráveis.
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