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Consumidor cobrará mais coerência entre marca e influenciador, diz estudo

Estudo apontou sete tendências do marketing de influência, com respostas para agências, criadores e marcas - Nadia Bormotova/Getty Images
Estudo apontou sete tendências do marketing de influência, com respostas para agências, criadores e marcas Imagem: Nadia Bormotova/Getty Images

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/09/2019 04h00

O estudo "O Futuro da Influência", produzido pela consultoria YouPix, em parceria com a empresa de pesquisa de comportamento Box1824, apontou que uma das tendências no mercado do marketing de influência é que os consumidores passarão a cobrar mais coerência da marcas e dos influenciadores em relação ao que eles dizem —e o que de fato fazem.

Além disso, medir a influência das marcas deve ficar mais difícil, na medida em que ela passará a ter mais força em meios descentralizados, como grupos de WhatsApp e espaços físicos, offline.

Sete aprendizados

Henrique Diaz, diretor de planejamento e estratégia da Box1824, afirmou que a parceria resultou em "sete grandes aprendizados" sobre "o que está regendo a lógica da influência", incluindo as conclusões sobre a coerência das marcas e sobre as métricas.

São sete as tendências apontadas pelo estudo:

  • Influenciadores e anunciantes deverão ter conexões verdadeiras com as comunidades. Marcas serão cada vez mais cobradas para que divulguem atitudes que sigam seu propósito.
  • Influência vai ficar mais difícil de ser medida porque passará a ter mais força em meios descentralizados, como grupos de WhatsApp e espaços físicos.
  • Marcas "golfinhos", aquelas que fazem pequenas aparições e somem, não terão mais espaço. Os anunciantes precisarão ter consistência e autenticidade em suas iniciativas. Não só no mundo digital, mas fora dele também.
  • A influência não será medida só pelo alcance instantâneo, mas também por frequência de conteúdos sobre o assunto, atenção às mensagens enviadas pelas marcas, engajamento do consumidor e impactos comerciais e de comportamento.
  • Marcas precisam deixar de investir em criadores de conteúdo e migrar para o "ecossistema da influência". Ou seja, diminuir o investimento em influenciadores individuais e aumentar no coletivo, em um número maior de pessoas.
  • Anunciantes devem deixar de ser "outsiders" e passar a atuar de forma mais contínua, conquistando espaço em universos nos quais ainda não estão.
  • Comunidades específicas não vivem isoladas, elas se relacionam com as outras. Empresas que se envolvem com o futebol, por exemplo, não poderão trabalhar afastadas de outras comunidades, como música e cultura urbana.

O estudo levou em conta pesquisas anteriores realizadas pelas empresas, análise histórica do universo de influenciadores e conversas com comunicadores, criadores e profissionais que trabalham com o tema. Foram nove meses de debates.

"Esta pesquisa aponta cenários futuros, com respostas para agências, criadores e marcas", afirmou Bia Granja, fundadora do YouPix.

A pesquisa completa será apresentada em outubro. No mesmo mês, o YouPix ainda abrirá uma "loja conceito da influência". Durante uma semana, profissionais da consultoria receberão criadores e marcas, em um espaço em São Paulo, para conversas sobre o tema.

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