Empresas inadimplentes devem R$ 5.580, em média, revela levantamento
Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que as empresas inadimplentes no Brasil fecharam o mês de agosto de 2019 com dívida média de R$ 5.582,90. Entre elas, 45% atuam no comércio e devem, principalmente, para o setor de serviços, que inclui os bancos.
Segundo os dados, mais da metade (56%) das empresas que estão negativadas tem dívidas que superam R$ 1.000. Além disso, cada empresa inadimplente tem, em média, dois compromissos não quitados.
O volume de empresas com dívidas cresceu 4,08% em relação ao mesmo período de 2018. Naquela ocasião, a alta já fora de 8,99%.
O crescimento mais acentuado foi na região Sul, com alta de 5,52%. Em seguida vem o Sudeste (5,40%), Centro-Oeste (1,85%), Nordeste (1,50%) e Norte (1,47%).
"A dificuldade dos empresários em manter os compromissos financeiros em dia está relacionada ao baixo crescimento da economia. Apesar da economia dar sinais de recuperação e a inflação se manter controlada, assim como os juros em menor patamar, há uma considerável distância entre os níveis atuais de atividade e os que antecedem a crise", analisa o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.
O setor com mais empresas negativadas é o de comércio. 45% das empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais, seguido pelo ramo de serviços, com 41%, indústrias (9%) e agricultura (menos de 1%).
Pelo lado do setor credor, isto é, para quem estas empresas devem, quem aparece na liderança são as do setor de serviços, que engloba bancos e financeiras, com mais de 70% das dívidas. Em seguida, aparecem comércio (17%) e indústrias (12%).
"Para os próximos meses, espera-se que atividade econômica siga o ritmo de lenta recuperação e que os empresários permaneçam pouco inclinados à tomada de crédito devido ao cenário de grande capacidade ociosa em seus negócios. Em conjunto, esses fatores devem manter o crescimento da inadimplência das empresas em patamares discretos frente à série histórica como um todo", opina a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
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