Ações da Petrobras operam em alta de mais de 3% com tensão entre EUA e Irã
As ações da Petrobras passaram a operar em alta hoje, influenciadas pelo preço internacional do petróleo, que chegou a ultrapassar o patamar de US$ 70 por barril. As tensões envolvendo Estados Unidos e Irã após o atentado que provocou a morte do general iraniano Qassim Suleimani, na quinta-feira (2), esquentaram e o tom de provocação entre as duas nações não arrefeceu.
Por volta de 16h, depois de passar todo o dia com variação ascendente, as ações preferenciais da Petrobras, que recebem dividendos primeiro (PETR4), chegaram à cotação de R$ 30,93 com variação de +1,51%.
As ações ordinárias, que têm direito a voto (PETR3), alcançaram R$ 33,10 às 16h20, com variação de +3,34%.
O ataque dos EUA causou uma alta no preço global do petróleo. Com esse aumento, as empresas petrolíferas tendem a ganhar, o que seria favorável à Petrobras. A petroleira brasileira consegue extrair petróleo do pré-sal a um custo da ordem de US$ 10 o barril. Assim, quando a cotação do petróleo sobe, a margem de lucro da companhia melhora.
Por outro lado, existe a preocupação dos investidores de que o governo brasileiro possa intervir na companhia, impedindo a empresa de reajustar os preços dos derivados — gasolina e diesel.
Na sexta-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não pode tabelar nada.
Retaliação
No fim de semana, o Irã anunciou que vai renunciar ainda mais aos compromissos feitos em um acordo nuclear em 2015, bem como não respeitará os limites para o enriquecimento de urânio, enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou atingir 52 alvos iranianos se Teerã retaliar.
A facção pró-Irã no Iraque Kataeb Hezbollah ameaçou cortar o transporte de petróleo para os Estados Unidos em resposta aos avisos do presidente Donald Trump sobre possíveis sanções ao Iraque. Abu Ali al-Askari, líder de segurança do Hezbollah, afirmou hoje via Twitter que, "se Trump seguir com imposições econômicas para o Iraque, então vamos trabalhar com nosso amigos [Irã] para impedir o fluxo de petróleo do Golfo Pérsico para os EUA".
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