Fundos de pensão fecham 2019 com ganho de 13,06%, diz entidade
Resumo da notícia
- Previdência privada de funcionários públicos e privados bate meta de rendimento pelo quarto ano seguido
- Entidade que representa fundos como Previ e Petros diz que setor está em busca da renda variável por causa dos juros baixos
- Desafio é reduzir fatia de fundos ainda deficitários, que representa 28% dos planos
Os fundos de pensão vão encerrar 2019 com uma rentabilidade média de 13,06%, informou a Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar). O resultado está cima da meta atuarial, ou seja, do ganho necessário para os fundos conseguirem cobrir suas obrigações com os participantes. A meta atuarial é de 10,73% no ano.
A Abrapp é a entidade que reúne o setor de previdência privada fechada, em que empresas públicas e privadas contribuem para aposentadoria de seus empregados. Dois exemplos são a Previ, de funcionários do Banco do Brasil, e a Petros, de empregados da Petrobras.
O número divulgado é uma projeção, porque alguns planos ainda não fecharam o balanço. Mas, segundo a Abrapp, o número final deve variar muito pouco em relação à projeção.
Segundo o presidente da entidade, Luís Ricardo Martins, o resultado é positivo também quando se leva em conta prazos mais longos, que sempre devem ser considerados na previdência. "Nos últimos 15 anos, os fundos de pensão tiveram rentabilidade de 485,47%, ante uma exigência atuarial de 419,64%", afirmou.
É o quarto ano em que o setor bate as metas atuariais, mas ainda há 28% de planos com déficits.
O executivo destacou a migração de recursos para investimentos de renda variável como forma de compensar a perda de rentabilidade dos fundos de renda fixa que seguem o CDI. As aplicações em renda fixa estão rendendo menos por causa da queda da taxa básica de juros, a Selic.
Ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu mais uma vez a taxa, para 4,25%, menor patamar histórico, no 17° corte em pouco mais de três anos.
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