Maia chama medida provisória da suspensão do emprego de 'capenga'
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou como "capenga" a medida provisória editada no domingo pelo governo permitindo a suspensão de contratos de trabalho por quatro meses sem pagamento de salário. Ele disse que a medida precisa ser complementada.
"Em algum lugar da burocracia tiraram parte da MP. O que nós conversamos com a equipe econômica sobre essa medida provisória diverge daquilo que está publicado. Tratar de suspensão de contrato de trabalho precisa estar vinculado a uma solução", afirmou hoje, em entrevista pela internet feita pelo BTG.
"Nessa MP vinha aquela redução de 50%, até dois salários. Está até na exposição de motivos essa parte que o governo entraria com R$ 10 bilhões, mas sumiu do texto", disse Maia.
O deputado ainda disse que propôs ao governo a edição de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabeleça um regime extraordinário de contratações para o momento de crise por conta do novo coronavírus, separado do Orçamento principal.
Para ele, a medida gerou pânico na sociedade. "Tenho certeza que a gente tem de construir rapidamente, junto com a equipe econômica, outra medida provisória, ou uma sinalização clara de que estamos preocupados com solucionar a manutenção dos empregos. Da forma como ficou gerou uma insegurança", comentou o presidente da Câmara.
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