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Por coronavírus, Moody's agora estima PIB negativo para o Brasil em 2020

Reajuste é resultado da pandemia do novo coronavírus, que ainda traz incertezas quanto aos seus impactos na economia - Pedro Ladeira/Folhapress
Reajuste é resultado da pandemia do novo coronavírus, que ainda traz incertezas quanto aos seus impactos na economia Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

25/03/2020 16h35Atualizada em 25/03/2020 16h37

A Moody's divulgou hoje as projeções atualizadas de crescimento dos países do G20, grupo das maiores economias do mundo que também inclui o Brasil. Em 2020, segundo prevê a agência de classificação de risco, o bloco deve registrar retração média de 0,5%; o Brasil, especificamente, tem estimativa de PIB (Produto Interno Bruto) negativo em 1,6%.

O reajuste é resultado da pandemia do novo coronavírus, que ainda traz incertezas quanto a sua duração e, consequentemente, à maneira com que ela afetará a atividade econômica. Com a emergência sanitária, diz a Moody's, o G20 enfrentará "um choque sem precedentes no primeiro semestre", o que justifica o pessimismo nas projeções.

A China, onde o surto de covid-19 começou, ainda registrará crescimento de 3,3% neste ano, segundo prevê a agência. A Alemanha, maior economia da Europa, e os Estados Unidos, porém, devem ver suas economias encolherem em 3% e 2%, respectivamente.

Para 2021, a previsão da agência é de crescimento médio de 3,2% para os países do G20, acima dos 2,7% estimados para o Brasil. A China deve voltar à casa dos 6% de expansão do PIB, enquanto a Alemanha e os EUA, por fim, registrarão crescimento de 2,5% e 2,1% no ano que vem.

Em comunicado, a Moody's ainda disse ser "impossível prever de modo preciso o impacto econômico desta crise" e ressaltou que, de acordo com informações recentes, novos surtos podem voltar a surgir após a retirada de restrições a viagens e à circulação de pessoas, o que levaria a períodos mais prolongados de limitações.

*Com Estadão Conteúdo