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Empresas nas periferias encaram grande desafio, diz especialista

Do UOL, em São Paulo

14/04/2020 14h22

Diante da pandemia do novo coronavírus, as micro e pequenas empresas têm sentido de maneira particular o impacto econômico das medidas de isolamento social. E mais ainda nas periferias.

É o que afirma Jennifer Rodrigues, sócia-fundadora da Empreende Aí, escola de negócios voltada para a capacitação em territórios populares, comunidades e favelas. Ela foi uma das convidadas para a edição de hoje do UOL Debate, que também reuniu Iroá Arantes, gerente regional do Sebrae-SP; David Kallás, professor e coordenador do Centro de Estudos em Negócios do Insper; Diogo Mac Cord, secretário de Infraestrutura da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), do governo federal; e Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Segundo Jennifer, as medidas de isolamento social e seu consequente impacto econômico criam um desafio a mais para empreendedores e regiões mais periféricas. Não apenas referente ao crédito, mas também à oferta.

"Acho que, nas periferias, a gente tem um grande desafio, porque as coisas demoram para chegar. Acho que a gente tem que se mobilizar também enquanto rede, como que a gente pode somar forças para se apoiar", disse. "Também optando por comprar do pequeno, fomentar essa economia que está tão fragilizada."

David Kallás ainda acrescentou outro ponto no combate à crise econômica: o investimento em ciência e educação para jovens, independentemente da situação social.

"A gente tem que sempre ser positivo (...) e resgatar absolutamente uma coisa importante, que é a ciência", acredita o professor. "Se você empreende por conta de alguma necessidade (...), o melhor que você pode fazer (para o futuro) é educar seu filho."

Para Kallás, quem poderá ajudar mais adiante é "quem tem mais estudo, quem está mais ligado a essa questão da ciência".