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Abastecimento de gás está 'praticamente' regularizado, diz ministro

Ian Cheibub/Reuters
Imagem: Ian Cheibub/Reuters

Do UOL, em São Paulo

23/04/2020 21h47Atualizada em 23/04/2020 21h52

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou hoje que o abastecimento de GLP (gás de cozinha) está "praticamente regularizado" em todo o País. Com o novo coronavírus e o isolamento social, segundo Albuquerque, o consumo do produto aumentou, e a pasta segue acompanhando a situação para evitar a escassez.

"Estamos trabalhando junto com os agentes setoriais para informar à sociedade que o abastecimento está garantido. Segundo informações que recebi ontem, [a distribuição] está praticamente regularizada em todos os estados da federação", disse o ministro em conversa com jornalistas por videoconferência.

Albuquerque explicou que parte do problema aconteceu porque algumas pessoas, temendo o desabastecimento, passaram a estocar gás —o que também causou uma alta temporária dos preços. No Distrito Federal, por exemplo, houve casos de comerciantes cobrando mais de R$ 100 pelo botijão de 13 quilos.

"Devido ao isolamento social, o consumo do GLP aumentou cerca de 17%. No primeiro momento, isso levou a uma situação que é fácil de entender: as pessoas começaram a estocar botijões de 13 quilos, temendo o desabastecimento", completou o ministro.

Possibilidade de aumento dos impostos

Castello Branco - Allan Carvalho/Futura Press/Estadão Conteúdo - Allan Carvalho/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Allan Carvalho/Futura Press/Estadão Conteúdo

Na última sexta-feira (17), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, alertou que um aumento no imposto sobre a importação de gasolina poderia afetar a produção do gás de botijão, prejudicando a oferta e ameaçando o abastecimento doméstico.

Segundo Castello Branco, a proposta de elevação das tarifas de importação da gasolina partiu das entidades que representam os produtores de etanol, interessadas em aumentar a competitividade do álcool frente à gasolina.

"Isso nos levará à necessidade de importar mais GLP para abastecer o mercado. E, como existe uma capacidade limitada de internação de GLP importado, isso significaria um risco de desabastecimento no mercado brasileiro", argumentou o presidente da estatal.

Ele ainda garantiu que a Petrobras se preparou e vem monitorando o mercado "para que tenhamos o GLP suficiente para permanecer com a regularidade do abastecimento pelo tempo que for necessário".

*Com Agência Brasil