Alemanha projeta maior queda na economia desde 1949
O governo alemão projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolherá 6,3% em 2020 em relação ao ano anterior em decorrência da pandemia de covid-19 e das medidas de isolamento social impostas para conter a doença, causada pelo novo coronavírus.
De acordo com a edição desta segunda-feira (27/04) do jornal Süddeutsche Zeitung, será a maior queda no crescimento econômico desde a fundação da República Federal da Alemanha, em 1949.
Segundo números que devem ser apresentados nesta quarta-feira pelo governo, em 2021 a economia voltará a crescer, mas não compensará completamente as perdas.
De acordo com o Süddeutsche Zeitung, o ponto mais baixo do recuo econômico já foi atingido. Segundo a previsão do governo, o crescimento econômico se estabilizará em um nível baixo em maio e aumentará significativamente na segunda metade do ano.
Apesar de um enorme pacote de resgate, as medidas adotadas para conter a disseminação do coronavírus devem gerar uma grande onda de falências, além de três milhões de desempregados. As receitas fiscais também devem diminuir significativamente. Até o momento, o governo prevê um déficit fiscal de cerca de 82 bilhões de euros - e um máximo de 356 bilhões de euros em novas dívidas.
A projeção do governo alemão, embora impactante, é mais otimista do que as de outras instituições. O grupo alemão Allianz projeta uma queda de 8,9% na economia, e o Instituto de Nurembergue para o Mercado de Trabalho e Pesquisa Profissional, de 8,4%. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que a economia alemã encolherá 7% em 2020.
Após quase um mês de medidas de restrição à vida pública, a Alemanha começou, na semana passada, a retomar as atividades gradativamente. Grandes lojas, restaurantes, hotéis e a maior parte das escolas permanecem fechados. No dia 6 de maio, o governo devem discutir os próximos passos.
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