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12,4 milhões têm de fazer novo cadastro para receber auxílio de R$ 600

Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante lançamento do crédito imobiliário com taxa fixa, em fevereiro - Marcos Corrêa/PR
Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante lançamento do crédito imobiliário com taxa fixa, em fevereiro Imagem: Marcos Corrêa/PR

Ricardo Marchesan

Do UOL, em São Paulo

01/05/2020 17h42Atualizada em 01/05/2020 19h41

Cerca de 12,4 milhões de pessoas que fizeram a inscrição para o auxílio emergencial de R$ 600 por meio do aplicativo ou pelo site da Caixa terão de fazer o recadastramento para receber o dinheiro, segundo o banco.

Essas pessoas, após análise pelo sistema da Dataprev, estão em situação inconclusiva, porque inseriram informações que não foram possíveis de serem analisadas no primeiro cadastramento. Nesses casos, o recadastramento deve ser feito online, pelo site ou aplicativo, da mesma forma que foi feito o primeiro pedido.

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, mais de 10 milhões de pessoas já realizaram recadastramento, sendo 1,5 milhão na sexta-feira (1º).

Até agora, de acordo com a Caixa, houve 96,9 milhões de cadastros no total, sendo 50,1 milhões aprovados para receber o auxílio. Outros 5,2 milhões ainda estão em análise, e 26,1 milhões são inelegíveis, ou seja, não cumprem os requisitos para receber o dinheiro. Nesse caso, eles não podem se recadastrar.

Pagamento das próximas parcelas

O calendário de pagamento das duas próximas parcelas do auxílio deve ser divulgado na semana que vem, segundo o presidente da Caixa.

Inicialmente, o pagamento da segunda parcela estava previsto para começar na última segunda-feira (27), mas foi adiado, porque depende do repasse de recursos do Ministério da Cidadania.

"Já tenho a minha proposta (de calendário), da Caixa Econômica Federal", afirmou. Ele afirma, porém, que antes ainda deve conversar com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e, na sequência, levarão a proposta para aprovação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Filas não vão terminar

O presidente da Caixa reconheceu que houve uma aglomeração grande de pessoas em agências nesta semana para o recebimento do auxílio, contrariando as recomendações de órgãos de saúde durante a pandemia de coronavírus.

Ele afirmou que a Caixa está trabalhando para reduzir as filas mas que, ainda assim, elas vão existir.

"Sabemos que houve nesta semana uma aglomeração grande. Estamos agindo para reduzir. Resolver, não. (Vou) deixar muito claro aqui. Não há nenhuma possibilidade de se pagar 50 milhões de pessoas em três semanas e não existir fila. Isso não existe. Não vou prometer o que é impossível. O que nós faremos é mitigar, reduzir as filas, com a ajuda de todos vocês", afirmou.

Entre as medidas que a Caixa tomará para isso estão o aumento de número de funcionários e vigilantes nas agências, e o calendário de saque de pessoas que se inscreveram pelo aplicativo ou site não coincidirá com o de beneficiários do Bolsa Família, como aconteceu na última semana.

Problemas com os aplicativos

Muitos beneficiários têm relatado dificuldades há mais de uma semana com o aplicativo Caixa Tem, disponibilizado pelo banco para movimentar o dinheiro recebido do governo. Nas redes sociais, há diversos relatos de problemas para gerar o código de saque, acessar o app ou movimentar o dinheiro.

Também há relatos de pessoas que ainda não conseguiram a aprovação para o benefício ou não receberam o valor. Isso pode acontecer por causa do calendário de pagamentos (que ainda está em andamento), por atraso na análise do cadastro pelo governo, porque a pessoa não tem direito ou por problemas técnicos com os aplicativos da Caixa.

O presidente da Caixa reconheceu que há problemas com o aplicativo, mas também afirmou que parte dos problemas é por falta de conhecimento dos usuários.

"Muitas vezes há uma dificuldade de entendimento do próprio aplicativo. Porque vamos lembrar: 30 milhões de brasileiros não tinham contas", disse Guimarães.

"Não estou dizendo que não tem problema (com o aplicativo), tem problema. E tem que melhorar. Mas além de ter problema, tem uma questão muito importante de falta de conhecimento", afirmou. "A nossa expectativa é que tudo vai melhorando, porque temos uma melhora no aplicativo, essas pessoas vão aprendendo um pouco mais como mexer (no aplicativo), e nós teremos um foco em pagar as pessoas mais carentes em grupos separados."