Secretário: Auxílio emergencial pode continuar 'adequado a cada momento'
O Ministério da Economia sinalizou hoje que o auxílio emergencial pode continuar após o prazo inicial de três meses. No entanto, o governo afirmou, em coletiva de imprensa concedida à tarde, que ainda monitora a situação da pandemia de coronavírus para não prejudicar "instituições fiscais" do país.
"Nesse momento de pandemia em que há uma alta imprevisibilidade de quando haverá o seu término, nós estamos atentos para que o auxílio emergencial siga, mas siga de forma adequada a cada momento e atendendo aos mais vulneráveis. Mas respeitando também as instituições fiscais que temos", declarou o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues.
O secretário afirmou que o custo do auxílio aos cofres públicos se aproxima de R$ 151 bilhões, cerca de R$ 51 bilhões por mês. O valor, segundo Rodrigues, representa mais que o Bolsa Família por ano.
Marcelo Guaranys, secretário-executivo do Ministério da Economia, alegou que o auxílio apresenta um valor 50% maior que o orçamento da Esplanada para programas livres.
"Vamos continuar monitoramento a crise, monitorando os efeitos para verificar a prorrogação de qualquer coisa. O auxílio emergencial é custoso, nos preocupa continuar, mas precisamos avaliar as condições da crise", disse Guaranys.
Governo: R$ 125,8 bi para estados e municípios
De acordo com os secretários, as medidas do governo federal para ajudar os estados e municípios durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus somam R$ 125,8 bilhões — serão R$ 60,15 bilhões em despesas primárias da União, em transferências para os estados e municípios.
O total de auxílio aos estados e municípios inclui R$ 35,34 bilhões em renegociações de dívidas com a União. "São dívidas que serão suspensas durante 2020 e retomadas somente em janeiro de 2022", explicou Rodrigues.
Os estados e municípios devem abdicar de processos contra a União, em relação a casos sobre covid-19, para receberem auxílio do governo federal.
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