Dólar emenda quinta queda, de 1,8%, a R$ 5,36; Bolsa cai 0,23%
O dólar comercial emendou a quinta queda seguida, de 1,8%, e fechou a R$ 5,36 na venda, o menor valor desde 29 de abril (R$ 5,355).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda de 0,23%, a 85.468,91 pontos. A Bolsa abriu em alta e chegou a subir quase 2%, mas no começo da tarde passou a oscilar, até encerrar o dia em baixa.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Reabertura de mercados e vacina
Mais uma vez, o clima entre investidores era de otimismo diante da reabertura das principais economias no mundo. A Espanha pediu aos turistas estrangeiros que retornem ao país a partir de julho, à medida que diminui uma das restrições mais rígidas da Europa, enquanto o Reino Unido pretende reabrir milhares de lojas de rua, lojas de departamento e shopping centers no próximo mês.
"Os investidores estão com um estado de espírito francamente otimista, propensos a ignorar ou a minimizar os riscos", afirmaram analistas da Levante Investimentos em nota, mencionando a reabertura das empresas e a volta da atividade econômica.
A notícia de que o grupo de biotecnologia Novavax entrou na corrida para testar em humanos sua vacina contra o novo coronavírus também animou o mercado. A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou na sexta-feira que dez vacinas experimentais estão sendo testadas em humanos, incluindo a da Novavax.
"As atenções continuam voltadas ao avanço do desenvolvimento de vacinas e ao ritmo de reabertura das economias", disse em nota o Bradesco.
Vídeo de reunião ministerial
No cenário interno, os mercados seguem refletindo alívio depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, objeto na investigação de possível interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Segundo analistas econômicos e políticos, o vídeo não trouxe grandes novidades e não eleva a probabilidade de impeachment contra Bolsonaro, acalmando temores dos mercados sobre uma escalada ainda maior das tensões políticas brasileiras, que têm pressionado os mercados com força desde a saída de Sergio Moro do cargo de ministro da Justiça.
"O mercado local começa a contar com uma melhora política mais significativa e (...) os investidores desenham uma perspectiva mais positiva para a aprovação das reformas estruturantes, em partes para este ano", escreveram analistas da Infinity Asset.
Após ser acusado de interferir no órgão, o presidente Jair Bolsonaro deu os parabéns à Polícia Federal pela operação deflagrada nesta manhã para investigar supostas irregularidades na área de saúde, que teve como alvo o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), seu rival político.
* Com Reuters
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