Dólar cai a R$ 4,855 e Bolsa tem 7ª alta; ambos voltam ao patamar de março
O dólar comercial fechou em queda de 2,66%, vendido a R$ 4,855, menor valor desde 13 de março (R$ 4,813). O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, engatou a sétima alta seguida. Nesta segunda-feira, saltou 3,18%, a 97.644,67 pontos. É o maior patamar desde 6 de março (97.996,77 pontos).
Na sexta (5), o dólar comercial teve baixa de 2,8%, fechando a R$ 4,988 na venda. Foi a primeira vez que o dólar fechou abaixo de R$ 5 desde 26 de março. A moeda terminou a semana com queda acumulada de 6,6%, e a Bolsa com alta acumulada de 8,28%, o terceiro avanço semanal seguido.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Sinais de recuperação internacional
A sessão desta segunda-feira foi marcada mais uma vez pelo otimismo em relação a uma recuperação econômica global, impulsionado por dados positivos sobre o emprego nos Estados Unidos da semana passada.
Enquanto isso, a reabertura de grandes economias continuava sendo um ponto positivo no cenário atual, como citou Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, em live nesta segunda-feira.
Além disso, os investidores estavam em modo de espera antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (banco central dos EUA), que será divulgada na quarta-feira.
Incerteza política brasileira
Apesar do otimismo, os desdobramentos políticos em Brasília seguem no foco dos mercados, que continuam apontando a incerteza local como possível fator de pressão para o real.
Em nota, analistas da Infinity Asset disseram que, "politicamente, entre votações do TSE e ações de fake news no STF, o governo se sustenta na aproximação com o Centrão e (o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo) Maia, o qual desqualificou a possibilidade de novo impeachment. Ainda assim, o clima político continua tenso e a imagem do Brasil no exterior, piorada".
Números divergentes de casos e de mortes relacionado à covid-19 no Brasil divulgados pelo Ministério da Saúde agravavam os temores sobre a imagem do país, aumentando as incertezas sobre os dados depois que o governo parou de informar o total de infecções confirmadas e de óbitos e passou a divulgar dados parciais tarde da noite.
Para os mercados, ainda é difícil dizer se a moeda brasileira deve engatar uma recuperação duradoura ou se pode voltar a se aproximar do patamar de R$ 6 por dólar.
Mercado piora projeções novamente
Nesta segunda, o mercado piorou pela 17ª vez seguida a perspectiva para a economia do Brasil em 2020, com forte deterioração do cenário para a produção industrial, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central.
O levantamento semanal mostrou que a projeção agora é de uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,48% em 2020, contra recuo de 6,25% estimado antes. Para 2021, segue a perspectiva de uma recuperação de 3,50%.
*Com Reuters
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