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Governo usou 39% dos R$ 404 bilhões liberados para o combate ao coronavírus

Maior gasto autorizado até agora, segundo a Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, se refere ao auxílio emergencial - Marcello Zambrana/AGIF/Estadão Conteúdo
Maior gasto autorizado até agora, segundo a Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, se refere ao auxílio emergencial Imagem: Marcello Zambrana/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

15/06/2020 21h08Atualizada em 15/06/2020 21h11

O governo federal gastou 39% dos R$ 404,2 bilhões liberados para o combate ao novo coronavírus. As despesas pagas até a última sexta-feira (12) somam R$ 156,8 bilhões. Os números foram levantados pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, que mantém uma página com dados sobre a execução das despesas direcionadas à covid-19.

O maior gasto autorizado até agora, segundo a consultoria, se refere ao auxílio emergencial de R$ 600. Foram disponibilizados R$ 152,6 bilhões para o benefício por meio de três medidas provisórias (937/20, 956/20 e 970/20), dos quais cerca de metade (R$ 77 bilhões) foram pagos até agora.

Depois do auxílio emergencial, a maior despesa é com a linha de crédito criada para financiar a folha salarial de pequenas e médias empresas. Dos R$ 34 bilhões disponibilizados pela MP 943/20, metade (R$ 17 bilhões) foi executada. A linha de crédito foi criada pela MP 944/20.

Já a MP 963/20 é a que apresenta a menor execução entre as medidas provisórias. Dos R$ 5 bilhões reservados para o financiamento da infraestrutura turística nacional, apenas 7,6% foram gastos (ou R$ 379,1 milhões).

No total, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) editou 25 MPs de crédito extraordinário para financiar ações de enfrentamento à pandemia. A primeira é do início de fevereiro (MP 921/20), anterior ao primeiro caso de covid-19 confirmado no Brasil. A MP liberou recursos para retirar brasileiros que estavam em Wuhan, na China, cidade onde o surto da doença teve início.

*Com Agência Câmara de Notícias