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BC vai permitir sacar dinheiro em lojas

7.abr.2020 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em coletiva de imprensa sobre as medidas de combate ao coronavírus - Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo
7.abr.2020 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em coletiva de imprensa sobre as medidas de combate ao coronavírus Imagem: Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

22/06/2020 15h12Atualizada em 22/06/2020 15h54

O sistema de pagamentos instantâneos que será lançado pelo BC (Banco Central) em novembro permitirá que os usuários façam saques em lojas físicas. Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, os detalhes para uso da rede varejista para saques serão detalhados em agosto.

O sistema de transferências e pagamentos instantâneos será criado para que as operações sejam realizadas todos os dias, inclusive nos fins de semana e feriados, a qualquer hora, por pessoas e empresas.

Para fazer compras no Brasil, os consumidores precisam pagar em dinheiro, usar cartões ou quitar boletos. Transferências de recursos entre pessoas ou empresas, com contas em diferentes bancos, têm limite de horário. O sistema, que recebeu o nome de Pix, começará a funcionar em novembro.

"O que posso adiantar é que essa facilidade visa a trazer mais eficiência, por meio da reutilização do dinheiro no varejo e do aproveitamento dessa rede, e fomentar a competição, ampliando as opções e a capilaridade das instituições para ofertarem o saque. Além disso, tem potencial de reduzir ainda mais o custo logístico e operacional com a distribuição de numerário", disse Campos Neto.

Transferência entre pessoas não terá tarifa

Assim como antecipou o UOL, Campos Neto afirmou que transferências de dinheiro entre pessoas físicas que usarem o sistema de pagamentos instantâneos serão gratuitas.

"Destaco ainda que haverá gratuidade para pessoas físicas, de forma a possibilitar igualdade de condições a outros meios de pagamentos. Confio que as instituições participantes desenvolverão modelos de negócio e estratégias interessantes e economicamente atrativas, ofertando o Pix às empresas de modo a refletir o baixo custo e agregar serviços que gerem valor para os clientes", disse o presidente do BC.

As empresas que tiveram indeferidas as solicitações para aderir ao sistema de pagamentos instantâneos poderão fazer um novo pedido em 1º de dezembro, disse Campos Neto. "Recomendo que verifiquem os requisitos necessários e se adequem para que possam participar dessa inovação e ampliar o acesso ao Pix", afirmou o presidente do BC.