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Mais parcelas do auxílio de R$ 600 podem reduzir queda do PIB, diz BC

Para Roberto Campos Neto, os recursos disponíveis do auxílio podem incentivar o consumo - Caio Rocha/Framephoto/Estadão Conteúdo
Para Roberto Campos Neto, os recursos disponíveis do auxílio podem incentivar o consumo Imagem: Caio Rocha/Framephoto/Estadão Conteúdo

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

25/06/2020 12h38

A queda do PIB (Produto Interno Bruto) pode ser menor com a concessão de mais parcelas do auxílio emergencial de R$ 600, afirmou o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto. Segundo ele, os recursos disponíveis podem incentivar o consumo.

O BC publicou hoje uma estimativa de queda da economia brasileira de 6,4%, decorrente da crise econômica com a pandemia do coronavírus. O distanciamento social, com empresas fechadas, é o principal fator que leva a queda do PIB, afirmou Campos Neto.

"Entendemos, da mesma forma que olhamos os dados dos Estados Unidos, (a concessão do auxílio emergencial) levou a um aumento da massa salarial total. Isso é um elemento incentivador do consumo", declarou.

PIB é afetado por fechamento do comércio e serviços

O diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, declarou que a queda de 6,4% do PIB decorre da redução do consumo, com o fechamento do comércio e do setor de serviços.

Nas contas do BC, os serviços vão encolher 5,3%, o consumo das famílias reduzirá 7,4% e o comércio 10,8%.

"Uma piora menor desses indícios pode implicar resultado melhor do PIB. No caso dos serviços, hotéis e restaurantes foram muito afetados. No caso do consumo, a venda de bens duráveis foi afetada de forma brutal. Uma melhora desses indicadores reduz o tamanho da queda do PIB", disse Kanczuk.