Com coronavírus, BC espera queda de 6,4% do PIB brasileiro em 2020

A crise econômica decorrente da pandemia do coronavírus levou o BC estimar que o PIB (Produto Interno Bruto) registrará uma queda de 6,4% em 2020. O dado faz parte do Relatório Trimestral de inflação, publicado hoje.

A projeção de queda, segundo o BC, é reflexo da disseminação da pandemia e a adoção de medidas de distanciamento social no país. A previsão anterior era de que não haveria crescimento econômico em 2020.

Relacionadas

Governo já pagou quase R$ 88 bilhões de auxílio emergencial

Terceira parcela de auxílio só depende de sanção de Bolsonaro, diz Caixa

STF barra corte de salário prevista na LRF para reduzir gasto com pessoal

A estimativa do BC é mais pessimista que a do Ministério da Economia, que prevê uma retração de 4,7% do PIB em 2020.

Organismos internacionais são mais pessimistas

Apesar da forte queda estimada pelo BC, organismos internacionais são mais pessimistas com o resultado da economia brasileira em 2020. A atividade econômica no Brasil deve encolher 8%, prevê o Banco Mundial.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) espera uma recessão ainda maior e passou a projetar queda 9,1% do PIB brasileiro. Em abril, o fundo estimava que a economia diminuiria 5,3%.

Segundo as estimativas da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o PIB do Brasil deve encolher 7,4% em 2020 e crescer 4,2% em 2021. A entidade ainda alertou que se houver uma segunda onda de surto do coronavírus a queda da economia pode chegar a 9,1% este ano, com crescimento de 2,4% no próximo.

Economia global também é afetada

Segundo o BC, essa é uma realidade mundial, que não afeta somente o Brasil. Os do relatório mostram que nos Estados Unidos, o PIB do primeiro trimestre, comparação com o mesmo período de 2019, encolheu 5%.

Na área do Euro, a atividade econômica diminuiu 3,6% no primeiro trimestre de 2020, em relação ao último trimestre de 2019 e a economia japonesa teve queda de 2,2% entre janeiro e março.

Na China, O PIB desabou 6,8% no primeiro trimestre de 2020, a menor taxa desde o início da série histórica há 27 anos.