Crise do coronavírus leva microempresário para shopping na internet
Resumo da notícia
- Isolamento social afeta vendas em lojas físicas e estimula comércio eletrônico
- Micros e pequenos empresários que não usavam Internet passaram a olhar vendas digitais como opção
- Custo de criar canal digital de venda é desafio para microempresário, mas novas soluções estão surgindo
A crise econômica provocada pelas medidas de isolamento social tomadas pelos governos para tentar conter a pandemia do novo coronavírus derrubou as vendas no varejo tradicional e estimularam o avanço do comércio eletrônico. Com estabelecimentos fechados há quase três meses, muitos empresários tiveram que recorrer cada vez mais à Internet para manter o negócio.
Uma amostra dessa situação foi apurada por uma pesquisa realizada pelo Movimento Compre&Confie em parceria com a Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), indicou crescimento de 65% das vendas pela internet este ano ante 2019.
O aumento das vendas é puxado inclusive pela adesão de novos negócios ao comércio eletrônico. Segundo a Abcomm, mais de 125 mil novas lojas aderiram ao comércio eletrônico durante a pandemia.
Desafio de fazer comércio eletrônico
Mas virar a chave do negócio para vender numa plataforma digital é desafiador para microempresários e profissionais autônomos. Isso exige conhecimento, investimentos em tecnologia e parceiros de logística para entregar produtos e fazer a propagando.
"É muito complexo começar do zero. E muitas vezes não compensa o investimento necessário para quem tem um pequeno negócio", afirma o fundador da Corebiz, agência de marketing digital especializada em comércio eletrônico, Renan Mota.
Pensando nesse público, várias empresas que já trabalham com micros e pequenos empreendedores estão lançando iniciativas que tornem possível a venda de produtos e serviços na Internet mesmo para quem não tem capital nem conhecimento de como fazer isso.
Marketplace
Um conceito que está ganhando força no mercado para dar condições a micros e pequenos empreendedores de buscarem uma forma de manter o negócio funcionando mesmo em meio ao isolamento social é o marketplace, um shopping center virtual - um site de vendas que concentra em um único endereço várias ofertas de produtos e serviços, oferecidos por diferentes empresas.
"Esse modelo casa perfeitamente com o conceito de ajudar os negócios do bairro", afirma Mota.
Exemplo desse tipo de plataforma recém lançada é o PagPerto, resultado de uma parceria entre a PagSeguro PagBank, a VTEX, a Yami e a Corebiz.
Vendas e vouchers
Nesse marketplace, cada negócio cadastrado tem direito a uma prateleira virtual, onde são apresentados os produtos e serviços. Além de conectar negócios e clientes, o PagPerto permite a realização de vendas por meio de vouchers, para clientes que não podem consumir neste momento.
Casos de restaurantes, salões de beleza e bares, que não podem abrir as portas em muitas cidades neste momento, mas podem continuar faturando ao vender os vouchers para que os clientes comprem agora e aproveitarem depois.
É uma oportunidade de manter os negócios ativos, mesmo em quarentena, pois é possível atender clientes sem sair de casa, diz Renan Mota. "Queremos ajudar autônomos e microempresários a retomarem os negócios sem furar as medidas protetivas contra o coronavírus", afirma.
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