76% dos bares e restaurantes demitiram na pandemia, diz pesquisa
O setor de bares e restaurantes segue enfrentando problemas para se manter na pandemia do novo coronavírus. A nova pesquisa da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), quarta da série covid-19 e primeira em parceria com a consultoria Galunion, especializada no mercado food service, apontou que 72% das empresas já promoveram demissões. Segundo a ANR, cerca de 1,2 milhão de trabalhadores da área estão sem emprego.
A pesquisa ainda mostrou que 76% das empresas que buscaram novas linhas de crédito para financiar o negócio tiveram suas propostas recusadas. A pesquisa foi realizada com empresas de todo o país entre os dias 5 e 17 de junho. 76% também é a porcentagem das empresas que já fizeram uso da MP 936, a MP dos Salários, aprovada pelo Senado na semana passada e no aguardo da sanção presidencial. Entre as redes, o percentual sobe para 86%.
Pela MP, as empresas podem suspender ou reduzir jornadas dos trabalhadores. Com a aprovação pelo Congresso, caberá ao executivo decidir o tempo de prorrogação. A expectativa do setor é de que o prazo, que já supera 60 dias da edição da medida provisória, seja estendido para 120 dias.
Para o presidente da ANR, Cristiano Melles, a MP ajuda a aliviar parcialmente o problema das empresas, mas ele afirma que o governo deve estudar mais um pacote de medidas especialmente para bares e restaurantes. "Jamais vivemos uma crise como essa. Em alguns países, os governos criaram pacotes especiais de ajuda para o setor. Aqui será fundamental que isso ocorra o quanto antes, sob pena de aumentar o desemprego e a falência de muitas empresas", disse Melles.
Uma mostra do que já vem acontecendo no setor está em outro dado da pesquisa: 15% das empresas afirmam que não irão conseguir manter seus negócios após a pandemia. A pesquisa também apontou que 35% das companhias que possuem mais de uma unidade já fecharam lojas para não mais reabrir. O mesmo percentual se aplica àquelas que não conseguiram realizar na totalidade o pagamento da folha salarial do mês de maio.
Em relação ao pagamento da folha salarial de junho (a vencer no quinto dia útil de julho), 72% afirmaram que terão que recorrer à nova ajuda externa, como empréstimo bancário, linhas de crédito lançadas pelo BNDES e bancos estaduais, antecipação de recebíveis de cartões e vales ou renovação do uso da MP 936.
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