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Bolsonaro erra ao dizer que 4ª parcela do auxílio já está sendo paga

"[O governo] Começou aí a pagar, acho que essa semana, a quarta parcela do auxílio emergencial", anunciou, de forma equivocada - Reprodução/YouTube
'[O governo] Começou aí a pagar, acho que essa semana, a quarta parcela do auxílio emergencial', anunciou, de forma equivocada Imagem: Reprodução/YouTube

Do UOL, em São Paulo

09/07/2020 21h58Atualizada em 09/07/2020 22h16

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se equivocou ao dizer hoje, durante sua live semanal, que a quarta parcela do auxílio emergencial de R$ 600 já está sendo paga. Ele também afirmou que a quinta parcela começará a ser depositada no mês que vem — mesmo que ainda não exista um calendário para a anterior.

"Aquele cara que vendia um churrasquinho de gato na esquina, o cara que vendia um chocolate no sinal. É uma situação complicada. O que o governo fez para atendê-los? Criou aí o auxílio emergencial de R$ 600. Começou aí a pagar, acho que essa semana, a quarta parcela do auxílio emergencial. E a quinta, então, [começa] no mês que vem", anunciou, de forma equivocada.

O pagamento do auxílio emergencial segue dois calendários diferentes. Primeiro, os depósitos são feitos em poupança digital, e o dinheiro só pode ser usado para pagamento de boletos e compras online, por exemplo (não pode ser sacado diretamente). Depois, é liberado o saque em dinheiro de acordo com o mês do aniversário dos beneficiários.

A partir de hoje, por exemplo, os nascidos em abril que receberam o terceiro lote da primeira parcela (em 16 ou 17 de junho) já podem sacar o dinheiro em qualquer agência da Caixa Econômica Federal. Amanhã (10), será a vez dos aniversariantes de maio.

O calendário de saque segue até o dia 18 de julho. Veja:

Durante a live, Bolsonaro ainda reforçou, no entanto, que o governo não tem como manter o pagamento do auxílio emergencial por muito tempo, uma vez que o benefício custa cerca de R$ 50 bilhões aos cofres públicos mensalmente. "Não podemos nos endividar tanto assim", afirmou.

O governo confirmou que pagaria mais duas parcelas de R$ 600 — ou R$ 1.200 para mães chefes de família — no dia 30 de junho. O benefício foi criado em março pelo Congresso Nacional e sancionado por Bolsonaro em 2 de abril.

Inicialmente, o Executivo havia proposto o pagamento de três parcelas de R$ 200. O Legislativo rebateu, sugerindo R$ 500. Só depois o governo federal bateu o martelo em R$ 600. A extensão do benefício também se deu por pressão do Congresso e da sociedade.