Atividade industrial se aproxima da verificada pré-pandemia, aponta CNI
Dados divulgados hoje pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontam que a atividade industrial brasileira se aproximou das taxas verificadas no período pré-pandemia e subiu de 62% para 67% em julho - na comparação com o mês anterior.
O número, que representa a utilização da capacidade instalada, é um ponto percentual abaixo do observado no mês de fevereiro de 2020 - mesma diferença em relação a julho de 2019.
"Como nos dois últimos meses, a indústria segue dando sinais de recuperação. Em julho, o aumento na produção foi especialmente forte e disseminado - embora há de se reconhecer que, em junho, a atividade industrial ainda seguia bastante reduzida", afirma boletim da CNI.
Otimismo
Segundo os dados da confederação, o otimismo tornou-se maior e mais disseminado pela indústria. Os índices de expectativa já estavam acima da linha de 50 pontos em julho e segiora, em trajetória de retomada.
A expectativa para demanda em agosto foi a que registrou o maior valor: 61,4%, um aumento de 4,8 pontos percentuais em comparação ao mês anterior. O índice de expectativa de exportação teve nova alta, de 1,3 ponto percentual, atingindo 52,4 pontos. Já a expectativa de compras de matéria-prima registrou nova alta e ficou em 58,7 pontos, uma diferença de 4,4 pontos com relação ao mês anterior, e a de número de empregados também cresceu pelo quarto mês seguido, passando de 50,4 pontos para 53,5 pontos.
Gerente-executivo comemora resultado
Em entrevista à CNN, o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca, comemorou o resultado, mas alertou para que o Brasil retome a agenda de reformas para aumentar a capacidade indústrial do país, para que se atinja a capacidade industrial plena.
"Certamente isso nos surpreendeu, foi uma recuperação bem mais rápida. Já tivemos dois crescimentos fortes nos meses anteriores e no mês de julho, outro crescimento bastante significativo, que trouxe a utilização da capacidade da indústria praticamente ao mesmo patamar de fevereiro e janeiro deste ano", analisou ele.
"As expectativas, que vinham negativas em termos de emprego, estão, de certa maneira, positiva, com tendência de aumento das contratações e essa recuperação rápida vem ajudada pelas medidas que foram tomadas tanto para manter a renda da população mais vulnerável, quanto pelas medidas de poder fazer contrato de suspensão e redução de jornada", acrescentou.
Fonseca aponta que o patamar ainda não é suficientemente elevado e que o Brasil apenas retorna próximo ao que ensaiava no início do ano, ainda num cenário de crises anteriores. "A boa notícia é que temos, na verdade, quase todos os setores mostrando recuperação significativa, que mostra que está tendo essa retomada. Mas, infelizmente, ainda estamos num processo que ainda precisamos retomar aquele crescimento que almejamos desde as crises", concluiu.
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