Guedes diz que não ofendeu senadores em fala de 'crime' sobre veto
Em audiência pública no Senado Federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que não ofendeu qualquer senador ou a Casa quando disse que os parlamentares cometeram "um crime contra o país" quando derrubaram o veto presidencial que proibia reajuste para servidores públicos.
O plenário do Senado aprovou em 25 de agosto, por unanimidade, um convite para que Guedes se explicasse. Entretanto, o ministro aproveitou participação em audiência na comissão especial sobre o coronavírus para fazer o que ele chamou de esclarecimentos. Em momento algum o ministro pediu desculpas aos parlamentares.
"Com a maior sinceridade do mundo eu não vejo que tenha ofendido qualquer senador ou o Senado. Eu me referi ao voto depois de acordos públicos sobre aquilo que foi uma decepção para mim", disse.
Ministro afirma que já recebeu diversas críticas
O ministro também afirmou que em uma democracia deputados e senadores emitem opiniões sobre medidas tomadas pelo Executivo. E, em muitos casos, opiniões sobre as medidas tomadas pelo ministro também são feitas pelos parlamentares.
"Várias referências são feitas sobre mim, nem sempre as melhoras e as mais elogiosas. Em uma democracia, da mesma forma que o Executivo pode ser avaliado, eu imagino que o formulador de política pode se referir sobre a qualidade dos votos. Posso dizer que esse foi bom, que aquele foi um crime contra as finanças. Da mesma forma que uma medida é avaliada e pode ser aprovada ou reprovada", declarou.
Após a fala inicial de Guedes, o presidente da comissão, senador Confúcio Moura (MDB-RO) disse que encaminharia a manifestação do ministro ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para avaliar se as explicações eram satisfatórias.
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