Queda do PIB é 'som distante' e recuperação econômica será em V, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que a queda de 9,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre já era esperada pelo mercado e pelo governo. Segundo ele, o resultado é "um som distante", reflexo da pandemia do coronavírus e que a economia brasileira já está em recuperação em V.
Segundo o ministro, as medidas tomadas pelo governo, entre elas o pagamento do auxílio emergencial e o programa de redução de salários e jornadas de trabalho, foram importantes para reduzir os impactos econômicos da pandemia.
Com dois trimestres consecutivos de queda do PIB, o Brasil entrou oficialmente em recessão técnica. Apesar disso, Guedes se disse otimista com o processo de recuperação da economia.
"A economia já começa a retomada em V, mas o registro do segundo trimestre ainda é uma queda de 10%, que aliás é o que todo mundo previa. Esse foi o impacto inicial, uma queda da aparentemente 10%, mas na verdade é um som distante, é o som do impacto da pandemia lá atrás e é onde o Brasil ficaria caso não tivéssemos feito todas as medidas que fizemos", declarou.
Em nota divulgada, a SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Economia afirmou que apesar da forte queda do PIB, a redução da atividade está entre as menores em relação as principais economias.
"Por exemplo, a queda no 2º trimestre nos países do G7, quando comparado ao mesmo trimestre de 2019, foi de -11,9%. Algo semelhante ocorre para os países emergentes como Chile, México e Índia foram de -13,7%, -19% e -23,9%, respectivamente", informou.
Segundo a secretaria, apesar do resultado negativo, as projeções dos analistas de mercado melhoraram continuamente desde junho, diante dos resultados mais positivos dos indicadores de varejo e da indústria.
Para a equipe econômica, a continuidade da agenda de reformas é essencial para a retomada do crescimento sustentável da economia brasileira. O governo também aposta na agenda de privatizações e na melhoria do ambiente de negócios.
"A agenda de reformas já está retomando, com a aprovação pelo Congresso Nacional que atualiza o marco legal do saneamento e diversos projetos que estão sendo tramitados como a mudança na lei de falências, aumento da competitividade no setor de gás e o desenvolvimento do transporte de cabotagem", informou a SPE.
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