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Salário de homem branco supera em até 159% o de mulher negra, diz pesquisa

Pesquisa apontou diferença salarial alta entre homens branco e mulheres negras formados nos ensino público e privado - Getty Images
Pesquisa apontou diferença salarial alta entre homens branco e mulheres negras formados nos ensino público e privado Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

15/09/2020 14h09

Uma pesquisa feita pelo instituto Insper apontou que um homem branco tem um salário médio 159% maior do que uma mulher negra no país.

O número é do levantamento "Diferenciais Salariais por Raça e Gênero para Formados em Escolas Públicas ou Privadas", publicado em julho deste ano, onde foram analisadas as diferenças salariais no país associadas ao tipo de instituição em que se concluiu os ensinos médio e superior.

No Brasil, um homem branco que cursou o ensino superior em uma instituição pública ganha, em média, R$ 7.892. Já uma mulher negra formada no mesmo tipo de faculdade recebe, em média, R$ 3.047.

A diferença permanece alta quando se compara os profissionais do mesmo perfil formados em universidades particulares. Nesse caso, a diferença é 128% maior entre o salário de um homem branco (R$ 6.627) e uma mulher negra (R$ 2.903).

A pesquisa, feita por Beatriz Caroline Ribeiro, Bruno Kawaoka Komatsu e Naercio Menezes Filho,avaliou ainda os números por ocupação, onde a disparidade entre os ganhos permanece. No caso de médicos formados em instituições públicas, por exemplo, ela chega a 136%, com o salário médio de homens brancos em R$ 15.056 e o de mulheres negras em R$ 6.370.

Em relação aos indivíduos que cursaram ao menos o ensino médio, a maior diferença salarial, de 105%, ocorre entre homens brancos e mulheres negras que se formaram em escolas privadas. O salário médio deles é de R$ 3.672 e o delas, de R$ 1.792.

A pesquisa foi feita com base nos dados dos suplementos educacionais da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE, de 2006 a 2018. As informações se referem a pessoas de 25 a 59 anos. Acesse aqui a pesquisa na íntegra.