Economia repassará R$ 60 mi para Meio Ambiente combater queimadas
O Ministério da Economia informou hoje (23) que repassará R$ 60 milhões para o Ministério de Meio Ambiente. Nesta semana, a pasta de Ricardo Salles suspendeu atividades de combate a incêndios sob a justificativa de que não tinha mais autorização da Economia para custear os serviços na linha de frente, como brigadistas, aeronaves e veículos.
Ontem, o Ministério do Desenvolvimento Regional ofereceu outros R$ 30 milhões para Salles. Apesar da ajuda da Economia, esta verba está mantida, mas pode variar para mais ou para menos, segundo assessoria do Desenvolvimento Regional. Os R$ 30 milhões serão enviados em caráter de emergência a partir de recursos da Defesa Civil. Com isso, a pasta de Meio Ambiente poderá receber cerca de R$ 90 milhões.
Neste ano em que o país enfrenta recordes de queimadas no Pantanal e na Amazônia, Salles justifica que tem dificuldades orçamentárias para combater as queimadas através do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Em meio às tentativas de conseguir os recursos, Salles disparou contra a ala militar do governo. O alvo foi o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política.
Em seu perfil do Twitter, Salles chamou o ministro de "Maria Fofoca" e teve apoio de aliados do presidente como Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Ramos evitou rebater publicamente.
Hoje, em evento com Jair Bolsonaro (sem partido), os dois ministros estiveram juntos e se abraçaram ao presidente.
"O Ministério da Economia (ME) informa que está remanejando R$ 60 milhões de seu limite de pagamento para o Ministério do Meio Ambiente (MMA). O remanejamento ocorrerá por meio de portaria, que deverá ser publicada no Diário Oficial da União (DOU)", informou a nota da Economia.
Em julho, Salles solicitou que Economia permitisse usar R$ 230 milhões do seu próprio orçamento, foram autorizados R$ 96 milhões.
Em setembro, o Ministério do Meio Ambiente solicitou a liberação dos R$ 134 milhões restantes. Este montante foi negado e sem esse recurso, Salles suspendeu ações de combate ao fogo.
O Ministério da Economia informou que os R$ 60 milhões anunciados hoje serão remanejados do seu próprio orçamento e não são relativos ao pedido de R$ 134 milhões feito por Salles.
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