Óleo de soja dispara 65% no ano; feijão, tomate e arroz também pesam
O preço do óleo de soja subiu de 65,1% em 2020 e é o terceiro item com maior alta do ano, atrás apenas do limão (67,7%) e do morango (67,5%). Os números são do IPCA-15 de outubro, considerado uma prévia da inflação oficial medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Outros alimentos muito consumidos pelas famílias brasileiras também subiram, como tomate, feijão e arroz.
Além do encarecimento dos alimentos por mais um mês, o destaque em outubro foi o preço das passagens aéreas, que subiu 39,9%. Apesar da alta, as passagens ainda acumulam a maior queda no ano (-37,3%) entre os itens avaliados.
A prévia da inflação em outubro, de 0,94%, foi a maior para o mês desde 1995. No ano, o índice acumula alta de 2,31% e, em 12 meses, de 3,52%.
Arroz, feijão e tomate também pesam no bolso
Além do óleo de soja, outros alimentos dispararam no ano. O tomate, o feijão-macáçar (ou fradinho) e o arroz acumulam alta de mais de 50% em 2020.
Veja alguns dos preços que mais subiram no ano:
- Limão: 67,67%
- Morango: 67,45%
- Óleo de soja: 65,08%
- Tomate: 52,93%
- Feijão-macáçar (fradinho): 51,86%
- Arroz: 51,72%
- Abobrinha: 50,56%
- Feijão preto: 36,7%
- Cenoura: 35,5%
- Leite longa vida: 32,8%
- Cebola: 20,1%
Computador e cimento
Entre os itens que não são alimentos, destaque para o computador pessoal, que subiu 21% no ano. A alta de preço acompanha a maior procura por equipamentos para trabalhar em casa durante as medidas de isolamento social por causa do coronavírus.
O cimento, fundamental para a construção civil, subiu 22,2% em 2020.
Maiores altas de outubro
As passagens aéreas registraram a maior alta de outubro (39,9%), mas ainda estão com queda acumulada de 37,3% em 2020.
Entre os alimentos, as maiores altas de preço do mês foram do óleo de soja (22,3%), do arroz (18,5%), do limão (8,37%) e do leite longa vida (4,26%).
Metodologia
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15) refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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