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Dólar passa a subir, perto de R$ 5,42; Bolsa avança mais de 2% com Biden e vacina

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Do UOL, em São Paulo

09/11/2020 10h18Atualizada em 09/11/2020 16h12

O dólar comercial inverteu a tendência e passou a subir, enquanto a Bolsa opera em alta na tarde desta segunda-feira (9), após a vitória de Joe Biden nas eleições nos EUA e notícias positivas sobre a vacina da Pfizer contra a covid-19. Por volta das 16h09 (de Brasília), o dólar era negociado por R$ 5,42 na venda, com valorização de 0,5%. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, subia 2,64%, registrando 103.591,47 pontos.

Sexta-feira (6) o dólar comercial caiu 2,74% e fechou vendido a R$ 5,393. A Bolsa teve alta de 0,17%, fechando a 100.925,109 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Otimismo com vacina e eleições nos EUA

A Pfizer disse nesta segunda-feira que a vacina experimental contra covid-19 que está desenvolvendo com a BioNTech mostrou ser 90% eficaz na prevenção da doença com base em dados iniciais de um estudo amplo.

Na visão do gestor Werner Roger, sócio na Trígono Capital, os mercados já refletiam um humor positivo com a vitória de Biden por uma diferença que dá pouca margem a contestação, mas o anúncio da vacina "foi o grande gatilho dessa reação toda".

"E aí é o efeito manada...(A bolsa está subindo e) todo mundo embarca no mesmo barco. E o efeito manada acaba sendo um catalisador da alta", acrescentou.

No sábado, Biden venceu a eleição para a presidência dos EUA, após uma dura campanha eleitoral e prometeu que trabalhará para unificar um país profundamente dividido, mesmo com Donald Trump se recusando a aceitar a derrota.

A combinação da vitória do democrata com a aposta de um Senado de maioria republicana agrada agentes financeiros, uma vez que reduz a chance de mudanças expressivas de políticas econômicas nos EUA, principalmente em relação à tributação de grandes empresas norte-americanas.

"Com isso, a incerteza em torno da eleição se dissipou e os investidores recuperaram o apetite pelo risco", afirmou o analista de mercados Milan Cutkovic, da Axi.

(Com Reuters)