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Guedes quer privatizar Correios, Eletrobras e Porto de Santos até 2021

O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante a cerimônia em Brasília - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante a cerimônia em Brasília Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

10/11/2020 12h52Atualizada em 11/11/2020 08h59

O ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que pretende privatizar até o final do ano que vem os Correios, a Eletrobras, o Porto de Santos e o portfólio da PPSA (Pré-Sal Petróleo), empresa criada pelo governo para negociar contratos de exploração do pré-sal.

Ao participar de fórum promovido pela Bloomberg, o ministro afirmou que a privatização dos Correios deve ser a primeira a sair do papel. Segundo ele, deverá haver grande interesse do mercado devido ao crescimento do e-commerce brasileiro.

"Acreditamos que será um leilão de sucesso porque as pessoas estão vendendo pela internet mas como entregar se você não tem a coisa física?", disse Guedes. "Nós precisamos dessa digitalização."

Além disso, o governo tem interesse em privatizar os Correios por causa dos escândalos de corrupção que atingiram a empresa ao longo dos anos.

Ainada na manhã de hoje, o ministro afirmou estar "bastante frustrado" com o fato de o governo Jair Bolsonaro não ter conseguido vender nenhuma estatal em dois anos de mandato, mas frisou a necessidade de acelerar esse movimento, bem como a venda de imóveis da União, para abatimento da dívida pública.

Eleição de Biden

Questionado se a eleição do democrata Joe Biden como novo presidente dos Estados Unidos afetaria as relações comerciais com o Brasil, Guedes respondeu que não enxerga essa possibilidade.

"Não é uma personalidade aqui ou ali que vai afetar a relação dessas duas democracias liberais que são parceiras há anos, é assim que nós enxergamos", declarou.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é aliado do presidente americano, Donald Trump, que foi derrotado em sua tentativa de reeleição. Apesar de os principais veículos de comunicação dos EUA terem atribuído a vitória a Biden, Trump não reconhece a derrota e diz que vai à Justiça.

Bolsonaro também não reconheceu ainda a vitória de Biden, na contramão da maioria dos países da América do Sul e Europa.