Por que o gás de cozinha está tão caro? Entenda a alta dos preços
A disparada no preço do gás de cozinha está pesando no bolso dos brasileiros. Em janeiro, o preço médio do botijão (GLP, o gás liquefeito de petróleo) chegou a R$ 75,77 conforme dados da ANP, registrando preços mais altos em alguns estados, como o Mato Grosso (R$ 105).
No ano passado, o aumento no país foi de 9,24%, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). É mais que o dobro da inflação oficial, que ficou em 4,52% em 2020.
Por que o preço do gás de cozinha está subindo? Veja as razões abaixo.
Política de preços da Petrobras
Desde 2019, a Petrobras faz alterações nos preços do gás sem periodicidade definida, assim como faz com os preços da gasolina e do diesel.
Isso significa que a empresa pode mudar os preços de acordo com as condições do mercado, principalmente as cotações do petróleo e do dólar.
Antes da adoção dessa política de reajustes, os preços eram revistos a cada três meses, considerando uma média de cotações dos últimos 12 meses.
A Petrobras anunciou, no início de janeiro, o primeiro reajuste do GLP para o ano: um aumento de 6%, chegando a R$ 35,98. Foi a 11ª alta nos últimos nove meses. O valor se refere aos preços nas refinarias. Não significa necessariamente que o reajuste chegará ao consumidor final, mas a tendência é o repasse. Em dezembro, a Petrobras já havia subido os preços em 5%.
Cotação do petróleo
O gás é produzido a partir do petróleo, e o preço do petróleo é definido no mercado internacional.
Durante 2020, os preços chegaram a desabar no início da pandemia, com as medidas de distanciamento social tomadas pelos países, que diminuíram o consumo de combustíveis.
Depois, com a reabertura das economias, os preços voltaram a subir, mas fecharam 2020 em queda de cerca de 20.
Neste ano, porém, tanto o petróleo Brent quanto o WTI acumulam alta de quase 10%.
Valorização do dólar
O dólar também é um fator importante. Em 2020, a moeda norte-americana disparou quase 30%. Como o petróleo é cotado em dólar, isso encarece os preços da matéria-prima do gás.
A moeda continuou subindo neste ano, e já acumula alta de quase 5% até esta sexta-feira (29).
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