Pacheco diz que reformas serão discutidas 'com urgência, mas sem atropelos'
Recém-eleito presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ressaltou hoje a importância das reformas para o Brasil, que, segundo ele, deverão ser enfrentadas "com urgência, mas sem atropelos". O senador também defendeu a responsabilidade fiscal e o respeito ao teto de gastos, dizendo buscar uma "conciliação matemática com fundamentos econômicos".
"Já tramitam na Câmara e no Senado a proposta de reforma tributária, a proposta de reforma administrativa. Quando eu falo que elas têm que ser apuradas e avaliadas sem atropelos, é porque, de fato, há um devido processo legislativo que precisa ser cumprido, até para evitar vícios na aprovação dessas reformas", explicou Pacheco em entrevista à CNN Brasil.
São reformas urgentes para o Brasil e assim serão consideradas pela presidência do Senado Federal. Rodrigo Pacheco (DEM-MG), novo presidente do Senado
O presidente do Senado reconheceu que o Brasil vive uma "situação excepcional" por conta da pandemia, citando os gastos de R$ 300 bilhões — quase nove vezes o orçamento do Bolsa Família — com o auxílio emergencial. A ajuda, acrescentou, foi necessária, e agora é preciso arranjar outra maneira de continuar atendendo aos mais vulneráveis.
Pacheco afirmou ainda que pretende se reunir com a equipe econômica do governo para discutir possibilidades. Mais cedo, em seu discurso pós-vitória, ele já havia se comprometido a reunir líderes semanalmente para construir a pauta de votações, com vaga destinada à bancada feminina. Segundo o senador, o ritmo das reformas importantes será sempre definido em conjunto com o plenário da Casa.
"O que eu vou propor fazer já nesta semana é uma reunião com a equipe econômica do governo federal para entendermos quais fundamentos econômicos nós temos para compatibilizar esses dois interesses, a responsabilidade fiscal e a necessidade de atender as pessoas Brasil afora", anunciou.
Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Pacheco foi eleito com 57 dos 78 votos possíveis. Sua adversária, senadora Simone Tebet (MDB-MS), teve 21 votos.
Não votaram os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) e Chico Rodrigues (DEM-RR). Os dois primeiros justificaram a ausência por motivos de saúde. O último está licenciado do mandato depois do episódio em que foi flagrado pela Polícia Federal com dinheiro na cueca.
(Com Estadão Conteúdo)
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